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QUARTA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2025 - Horário 14:04

Fotógrafo brasileiro leva o Pantanal à Art Basel Miami 2025
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Entre os dias 03 e 07 de dezembro, o fotógrafo de Fine Art, Felipe Cuoco participará da Art Basel Miami Beach 2025 (EUA), representado pela Galeria Azur. O convite é um desdobramento da parceria construída ao longo do ano: após sua exposição em Nova York, o time de curadoria da Azur selecionou o fotógrafo para integrar o grupo de artistas presentes em um dos eventos mais importantes do circuito internacional. 

Para Felipe, a participação representa uma oportunidade relevante, fruto de uma relação de confiança e de uma trajetória consolidada no universo da fine art. De acordo com ele, o principal objetivo é ampliar o diálogo entre a arte brasileira e o mercado internacional de fotografia artística. 

“Quero que o público — colecionadores, curadores e amantes da arte — reconheça o Brasil também como um território de potência estética e sensibilidade ambiental. É uma oportunidade de fortalecer relações, abrir portas para futuras exposições e, sobretudo, reafirmar o compromisso de levar a natureza latino-americana ao centro da arte contemporânea”, afirma. 

A curadoria para o evento será focada na série de fotografias sobre o Pantanal brasileiro, bioma que o artista vem documentando intensamente nos últimos anos e que compõe o projeto “O Chamado do Pantanal”. 

“A ideia é apresentar um recorte visual que una beleza e urgência, revelando a potência estética e a fragilidade ecológica de um dos ecossistemas mais ricos do planeta. A narrativa visual pretende provocar uma reflexão silenciosa sobre o vínculo entre natureza e humanidade, sob a ótica da fotografia fine art”, detalha.

As obras selecionadas, segundo o profissional, são Majesty of the Pantanal, Golden Survival e Pantanal Sunrise, três imagens que sintetizam os principais aspectos do seu trabalho. 

“Cada uma representa um aspecto essencial da vida selvagem pantaneira: a imponência da onça-pintada, a luta diária pela sobrevivência e a serenidade dos amanheceres sobre o Rio Cuiabá. Foram escolhidas por traduzirem o diálogo entre força e delicadeza, luz e silêncio, elementos que sustentam minha busca estética dentro da fotografia de natureza”, explica.

A presença do Pantanal no debate internacional

Para Felipe, a arte tem a capacidade de ultrapassar idiomas e fronteiras, e a presença do Pantanal na Art Basel funciona como uma forma de inserir a paisagem brasileira em um debate internacional. Ele ressalta que espera que as imagens provoquem sensações e incentivem o público a refletir sobre a responsabilidade coletiva na preservação dos ecossistemas. “Mostrar o Pantanal em um evento dessa magnitude é, para mim, uma maneira de transformar contemplação em consciência”, enfatiza. 

O artista também explica como equilibra o aspecto documental da vida selvagem com a estética fine art nas composições escolhidas para a feira. Segundo ele, o processo envolve ultrapassar o simples registro fotográfico, transformando-o em uma espécie de poesia visual. 

“Embora meu ponto de partida seja o documental — a observação da vida selvagem em seu habitat — o resultado final é sempre guiado por uma busca estética: luz, cor, forma e emoção.

Na Art Basel, apresentarei obras que traduzem esse equilíbrio: são imagens reais, capturadas em campo, mas tratadas com o olhar de quem entende a fotografia como linguagem artística e emocional”, ressalta. 

Desafios e avanços da fotografia brasileira no exterior

Felipe observa que a cena brasileira de fotografia fine art no circuito internacional tem mostrado um crescimento notável. De acordo com ele, há fotógrafos brasileiros produzindo obras com qualidade técnica e sensibilidade comparáveis às maiores escolas do mundo.

Porém, o principal desafio está na inserção institucional e comercial. “É preciso ampliar a presença em galerias, feiras e plataformas internacionais. Cada conquista individual, portanto, representa também um avanço coletivo para a fotografia brasileira”, destaca. 

Para o artista, participar da Art Basel Miami representa um marco em sua trajetória e no desenvolvimento do projeto “O Chamado do Pantanal”. Ele avalia que, em um contexto de mudanças constantes, a arte segue desempenhando um papel relevante ao oferecer um espaço de reflexão e reconexão com temas essenciais. 

“É isso que desejo transmitir através de cada imagem, um chamado silencioso vindo da natureza. Sinto orgulho de contribuir com esse movimento, levando o Brasil a ser visto não apenas como inspiração, mas como referência em fotografia de natureza e arte contemporânea”, conclui. 

Para mais informações, basta acessar: www.felipecuoco.com.br 

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