Estimativas feitas pelo Ministério das Relações Exteriores no último ano indicam que 3,08 milhões de brasileiros vivem no exterior. E um único país concentra quase metade desse número: os Estados Unidos, com 45,4% do total. Em seguida aparecem Paraguai, Japão, Reino Unido e Portugal. Mas a diferença é expressiva. O Paraguai, segundo colocado da lista, é a casa de 332 mil brasileiros, bem menos que os 1,4 milhão que
residem nos EUA.

Segundo o internacionalista Matheus A. Tomoto, o bom momento econômico do país e a crise pela qual o Brasil vem passando nos últimos anos são dois fatores que podem explicar essa preferência. “A grande maioria das pessoas que viajam pra fora estão procurando por uma vida melhor em um lugar que ofereça qualidade de vida, segurança, liberdade financeira e educação de qualidade. E os Estados Unidos reúnem tudo isso. Enquanto no Brasil, 12% da população economicamente ativa está desemprega, os americanos estão no caminho contrário. Lá eles enfrentam o problema da falta de mão de obra dentro de um cenário de economia aquecida. É um momento excelente para os brasileiros irem pra lá”, afirma.

Entre os países com maior porcentagem de brasileiros em relação à população total, os Estados Unidos também ocupam posição de destaque, em 7º lugar. Das 325,7 milhões de pessoas que vivem no país, 0,4% são brasileiros que vivem, principalmente, nos estados de Nova York, Nova Jersey, Califórnia, Massachusetts e Flórida.

Esse último foi o destino escolhido pelo paranaense Lucas Gomes, estudante de Marketing na Saint Leo University. Ele conta que o país foi sua primeira opção pela qualidade do ensino superior. “Sempre sonhei em estudar fora do Brasil e os EUA sempre foram minha prioridade tanto pelo alto nível do ensino quanto pela reputação das universidades americanas a nível internacional. Além disso, o sistema educacional daqui sempre me agradou muito, pois foca não apenas no desenvolvimento acadêmico, mas também humano”, aponta.

Tomoto, que também estudou nos Estados Unidos, hoje ajuda pessoas com esse mesmo objetivo através do projeto Universidade do Intercâmbio. Ele afirma que desde o começo dessa iniciativa, os EUA sempre despontaram como um dos destinos mais procurados. “Os Estados Unidos tem uma oferta de trabalho e estudo muito maior do que qualquer outro lugar do mundo e isso com certeza atrai mais pessoas. O país sempre foi visto como a terra das oportunidades e acredito que isso se manterá assim por muito
tempo”, ressalta. Outro ponto destacado por Matheus Tomoto é a grande variedade de opções para quem quer trabalhar ou estudar no país. “Muita gente se engana achando que para ir pra fora é preciso ter dinheiro, ser superinteligente ou falar inglês fluente. Mas nos Estados Unidos existem oportunidades para todos os níveis de proficiência e em diferentes modalidades. E elas estão cada vez mais acessíveis, inclusive com uma grande oferta de bolsas de estudos”, conclui.