RELEASES EMPRESARIAIS

SEGUNDA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2018 - Horário 12:44

Como investir com segurança com a economia em marcha lenta
Economia /

As expectativas do mercado para a inflação em 2018 e no próximo ano foram elevadas na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central diante da perspectiva de um dólar mais alto. Especialistas cotam a moeda americana em R$ 3,75 até o final do ano, após ela romper a barreira dos R$ 4 em agosto.

Mesmo com a atual pressão do dólar, o nível baixo de inflação e as expectativas ancoradas mantêm o espaço para que o Banco Central permaneça com os juros baixos. A previsão é que a Selic fechará este ano no atual patamar e mínima histórica de 6,50%, terminando 2019 a 8%.

De acordo com Relatório de Mercado Focus, divulgada no dia 17 de setembro de 2018, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu pela quarta vez consecutiva, de 1,40% para 1,36%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 2,50%.

O que fazer em momentos em que a economia está estagnada ou crescendo pouco? Dúvida comum, porém perigosa, na hora de se decidir sobre um investimento (https://bit.ly/2o2zA3d) O educador financeiro, André Bona, explica que o método mais efetivo para se tomar decisões acertadas é aquele que se baseia primeiramente nas necessidades pessoais do investidor. Os investimentos devem servir como auxílio para a realização dos objetivos de vida. Em outras palavras, indiferente dos anseios, como a compra da casa própria ou aposentadoria, eles precisam ser o 'gatilho' para a tomada e escolha de qualquer decisão ao se aplicar o dinheiro.

Assim como acontece em outros países há momentos que se enfrenta estagnação econômica. O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 1,5 ponto entre julho e agosto 2018, para 114,2 pontos, de acordo com Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da leve queda no mês, o índice mantém-se em patamar elevado. Entre os fatores que sustentam esse resultado, estão os níveis elevados de incerteza eleitoral, uma vez que não se sabe, por exemplo, se os ajustes necessários de natureza fiscal serão realizados pelo próximo governante. “Como não se pode prever o que vai acontecer o indicado é que o investidor priorize sempre as necessidades pessoais”, explica Bona.

Com os objetivos definidos separe os projetos em períodos de curto, médio e longo prazos. Os de curto prazo são aqueles que busca-se realizar no prazo médio de um ano, como uma viagem de férias, por exemplo. Os objetivos de médio prazo costumam ser aqueles entre 2 e 5 anos, como a compra de um carro ou um curso no exterior. Já os de longo prazo são aqueles que possuem prazos maiores para serem alcançados, como a compra da casa própria, aposentadoria, entre outros. Então, ao invés de tentar identificar ou se apavorar em cada momento de desaceleração (https://bit.ly/2MWDyZj) do país, procure decidir os investimentos e distribuir o capital tendo como base os projetos definidos.

É importante lembrar ainda sobre a importância da reserva de emergência, algo em torno de 6% a 12% da própria renda, em caso de qualquer eventualidade. Os investimentos de curto prazo devem ser compostos dessa economia mais aquilo que efetivamente se quer gastar. “Nos casos de desaceleração da economia com maior instabilidade, o investidor deve ser ainda mais prudente com as finanças e eliminar custos desnecessários para se aumentar a reserva e passar com segurança pelos cenários econômicos desfavoráveis”, finalizou Bona.  



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