RELEASES EMPRESARIAIS

SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO DE 2018 - Horário 14:21

Especialista em finanças pessoais ensina as três características fundamentais que um investimento deve ter para servir como reserva de emergência
Negócio /

Pesquisa realizada pelo Banco Central revela que 35% dos brasileiros possuem dívidas e contas em situação de inadimplência e 56% acabam por não fazer um planejamento financeiro doméstico ou familiar. O estudo concluiu que, mesmo com a intenção de equilibrar o orçamento, na prática acontece o contrário. A cada nova crise o brasileiro mostra-se desprotegido e vulnerável financeiramente, sem uma reserva de emergência (https://www.youtube.com/watch?v=9dLnrLZzySg&feature=youtu.be) que dê algum tipo de “fôlego financeiro”.

Os números refletem a falta da educação financeira no país. O educador financeiro, autor e instrutor do curso Blueprint - Formação de Investidores (http://bit.ly/Blueprint4LV), André Massaro, destaca a importância de uma reserva de emergência para o caso de imprevistos, como uma perda repentina de renda causada pelo desemprego. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada em junho de 2018, mostra que o número de desempregados no país chegou a 13,2 milhões de pessoas, onde a grande maioria não está financeiramente preparada para enfrentar um período de transição, até encontrarem uma nova fonte de renda. “O tamanho da reserva depende da necessidade e das características profissionais de cada pessoa, porém, o prazo de um ano costuma a referência comum, pois assume-se um tempo razoável para que a pessoa consiga uma outra alternativa de rendimento”, explica Massaro.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) realizou um estudo com 30 nações sobre as populações que têm mais dificuldade em gerir as próprias finanças. O Brasil ficou na 27° posição, o que mostra a dificuldade do brasileiro em conseguir manter um controle das próprias finanças. Portanto, é necessária uma mudança na maneira como as pessoas encaram o próprio orçamento, entendendo que o controle e a prevenção são processos fundamentais para que se alcance uma situação de segurança e estabilidade

Segundo André Massaro, a reserva de emergência é fundamental e deve ser investida de uma forma bastante particular. O investimento ideal para reserva de emergência é aquele que atenda às seguintes características: ter liquidez imediata, ser de renda fixa e, preferencialmente, ser pós-fixada (indexada a uma a uma taxa básica de juros como a Selic ou o DI). “Essas características são essenciais para os investimentos que precisam estar disponíveis a qualquer momento de necessidade”, complementa o especialista.

Nesse caso, Massaro ainda enfatiza que escolher uma aplicação de renda variável não é o indicado. Priorizar investimentos em renda fixa e pós fixados é mais seguro, com potencial menor de perda e também mais protegidos em relação às oscilações de preços. “O dinheiro que está na reserva de emergência não deve ser investido com o objetivo de crescimento patrimonial, e sim de estar protegido da inflação e disponível imediatamente em caso de alguma eventualidade”, explica.

A reserva de emergência é algo fundamental dentro dos conceitos de educação financeira e é algo que faz parte da estratégia de qualquer investidor de sucesso. Fique atento às cinco dicas fundamentais apontadas pelo educador financeiro de como construir uma reserva de emergência promissora:

Dica 1: Domine todo o orçamento. Realize um controle detalhado de tudo o que ganha e gasta por pelo menos três meses consecutivos. Saiba de onde o dinheiro vem e para onde o dinheiro vai;

Dica 2: Separe o essencial do supérfluo. Comece a controlar o orçamento retirando o que é extra e desnecessário. Se concentre (ao menos durante o período de formação da reserva) apenas nos gastos prioritários (mas sem descuidar da qualidade de vida);

Dica 3: Defina um valor a ser poupado mensalmente. Mesmo que o valor seja pequeno esse passo é essencial para o planejamento financeiro e a constituição da reserva;

Dica 4- Adeque os investimentos ao seu perfil de investidor. No caso da reserva de emergência (que não tem objetivo de construção de patrimônio), opte por investimentos em renda fixa, de liquidez imediata e, preferencialmente, pós-fixados indexados a uma taxa básica de juros;

Dica 5: Reavalie a formação da reserva de emergência. O ideal, para a maioria das pessoas, é ter uma reserva que permita viver, pelo menos, um ano sem renda. Durante o período de formação dessa reserva é importante ficar atento à velocidade de crescimento e ao ritmo de acumulação. Por ser uma emergência, é importante que ela seja formada rapidamente e, conforme as circunstâncias, pode ser justificável apertar um pouco mais o orçamento para acelerar a constituição dessa reserva.

Uma vez que a pessoa tenha uma reserva de emergência, aí ela pode pensar em dar “outros passos” nos investimentos, investindo o valor excedente em instrumentos mais avançados e rentáveis (porém com maior risco) para a formação de patrimônio de longo prazo.





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