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QUARTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2018 - Horário 10:03

Prefeitura de SP quer retomar implantação de corredor de ônibus com ajuda da iniciativa privada – Com Felipe Montoro Jens
Indústrias / Você já ouviu falar em BRT? A sigla é usada para definir a expressão Bus Rapid Transit. Trata-se basicamente de uma via rápida de ônibus, sendo esse o projeto que a Prefeitura de São Paulo quer retomar. O anúncio foi feito no último dia 11 de maio, e permitirá, através de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que a iniciativa privada envie estudos para a implantação, manutenção e operação do corredor de ônibus na Radial Leste da capital paulista. Quem traz mais informações sobre o assunto é o especialista em Projetos de Infraestrutura, Felipe Montoro Jens.

"O BRT significa melhoria de qualidade no sistema de transporte e diminuição do tempo de trajeto das pessoas entre suas casas e locais de trabalho. Essa linha vai ajudar a desafogar a linha vermelha do Metrô. Será uma grande conquista para a cidade de São Paulo", salientou o atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas.

Mas, conforme o destacado por Felipe Montoro Jens, as empresas interessadas no PMI deverão basear-se nos projetos já realizados pela administração pública em relação à avenida Radial Leste. Já foram previstos 28,8 km de corredor entre a estação Guaianases da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na Zona Leste, e o terminal de ônibus Parque Dom Pedrito, localizado no centro. Com 29 paradas de embarque, o circuito será dividido em três trechos: um com 12 km de extensão, outro com 7,4 km e, por fim, outro com 9,4 km.

Estima-se que para a implantação do sistema, que inclui a requalificação das vias asfálticas e calçadas, bem como a construção de viadutos, túneis e passarelas, o valor do investimento necessário seja em torno de R$ 550 milhões, acentua Felipe Montoro Jens. Há também previsão de desapropriação em algumas partes da avenida, mas a prefeitura ainda não sabe onde e quantos imóveis serão afetados, reproduz o especialista em projetos de infraestrutura.

A expectativa da administração pública é de que cerca de 25 mil pessoas passem pelo corredor diariamente. Ainda, está prevista uma mudança que deve agilizar o embarque, onde os passageiros passarão a pagar pela passagem ao entrarem nas paradas do BRT e não mais dentro dos ônibus.

Restrições

Segundo a prefeitura de São Paulo, umas das exigências para a construção do Bus Rapid Transit será que as obras sejam realizadas sem interromper o tráfego da Radial Leste, que já é bastante congestionada. Adicionalmente, a estrutura do corredor também não poderá ser utilizada para explorar painéis de publicidade. Além disso, acrescenta Felipe Montoro Jens, não será permitido à companhia responsável pelo projeto cobrar taxas para o acesso ao BRT.

Avaliações

De acordo com o secretário municipal de Desestatização e Parcerias, Wilson Poit, a implantação do BRT será capaz de melhorar bastante a mobilidade em São Paulo, listando alguns casos semelhantes e positivos. "O sistema BRT tem modelos de sucesso em algumas cidades brasileiras e fora do país. Em São Paulo, por exemplo, existe o Expresso Tiradentes, havendo bons exemplos também no México, China e Estados Unidos. Ele traz rapidez no deslocamento e é mais barato se comparado à implantação de metrô, por exemplo. A cada um km de metrô, é possível implementar mais de 16 km de BRT", citou Poit.

O secretário Municipal de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado Neto, por sua vez, reforçou que o sistema "é uma excelente opção de mobilidade para a população de São Paulo". Felipe Montoro Jens reporta que, para Neto, o BRT trata-se de uma solução sustentável e que apresenta custo menor de execução.

Website: http://www.felipemontorojens.com.br
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