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TERÇA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2018 - Horário 16:33

Investimento em cirurgia bariátrica se mantém crescente ao longo dos anos e especialista comenta impactos na saúde
Ciência & Saúde /

A obesidade é considerada um dos maiores problemas na área da saúde do século 21. No Brasil, o índice de pessoas com a doença passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, representando um aumento de 60% em dez anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Como consequência, a procura pela cirurgia bariátrica, também conhecida como redução de estômago, cresceu de forma considerável. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, cerca de 100 mil cirurgias de redução foram feitas em 2016 no Brasil.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o investimento em cirurgia bariátrica na rede pública (SUS) teve um salto de R$1,2 milhão em 2001 para R$15 milhões em 2008. Somente primeiro trimestre de 2012, foram investidos R$7 milhões em cirurgias pelo SUS.

A razão pelo aumento da sua procura é o fato do emagrecimento poder ser acelerado com a cirurgia bariátrica, de acordo com especialistas. Pacientes que realizam a cirurgia relatam mudanças logo no primeiro ano e os resultados são duradouros.

Outro fator que colabora com a procura pela cirurgia bariátrica é a forma como a obesidade afeta de forma negativa a vida do paciente. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a obesidade pode mexer com fatores psicológicos do paciente, acarretando em depressão e também é um fator de risco para uma série de doenças.

O Dr. Gustavo Fernandes, Cirurgião Geral da Clínica BariCare, em São José dos Campos, explica como a cirurgia bariátrica pode acelerar o processo de emagrecimento.

Com a cirurgia bariátrica, é esperado que a pessoa perca em média 60% do excesso do seu peso inicial do tratamento”, de acordo com Dr. Fernandes. “Esta cirurgia ajuda as pessoas a serem mais saudáveis, além de melhorar suas interações sociais. É algo que as afeta de muitas maneiras”, completa.

De acordo com o especialista, o emagrecimento ajuda na prevenção de diversas doenças acarretadas pela obesidade, como pressão alta e diabetes, aumentando sua expectativa de vida.

Fernandes ainda acrescenta que com o tratamento, o paciente irá experimentar diversos benefícios além da perda de peso significativa. “Ao realizar o tratamento, o paciente também sentirá uma melhora no sono. Além disso, os riscos de desenvolver doenças como câncer, depressão e problemas reais são reduzidos”, explica.

O Dr. Gustavo Fernandes afirma também que a cirurgia bariátrica não é a única alternativa no tratamento de perda de peso. Existem outras alternativas, e o procedimento deve ser a alternativa somente em casos específicos, como de obesidade.

A cirurgia é pensada apenas depois que outras tentativas foram feitas. “A cirurgia bariátrica é indicada para pessoas com índice corporal (IMC) de 40 kg/m2 ou superior, ou pessoas com IMC de 35 kg/m2 ou mais e com algum problema de saúde grave, como diabetes tipo 2 ou apneia do sono”, de acordo com o Dr. Fernandes.

Porém, o especialista salienta que é preciso fazer mudanças significativas no seu estilo de vida após a cirurgia bariátrica. Conforme do Dr. Fernandes explica, “é preciso seguir as orientações dietéticas após a cirurgia para manter a perda de peso”.

Nas primeiras semanas pós-cirurgia, as refeições são em forma líquida. Conforme o tempo vai passando, as refeições irão mudar para alimentos pastosos e depois para alimentos sólidos.

Quem realiza a cirurgia bariátrica, terá de se acostumar com refeições menores, devido a redução do estômago. “Não é um estilo de vida punitivo, é simplesmente uma mudança para melhor. O paciente deve sempre manter o pensamento positivo”, explica Fernandes.

De acordo com o doutor, o pós-operatório é de extrema importância para o sucesso da cirurgia. O paciente precisa estar atento a todos os cuidados médicos e instruções para garantir a perda de peso a longo prazo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, este período pode variar entre 8 a 10 semanas.

“As instruções incluem restrições sobre alimentos e bebidas, aconselhamento sobre estilo de vida para ajudá-lo a lidar com as grandes mudanças, corte de hábitos como de fumar e também o início de uma atividade física supervisionada”, como explica o Dr. Fernandes.

Segundo Gustavo Fernandes, o paciente deve ter em mente que a cirurgia bariátrica não é um procedimento milagroso, e sem a mudança de estilo de vida posterior, pode acarretar na recuperação do peso perdido. Para saber mais sobre a cirurgia bariátrica, acesse o site da Clínica BariCare.



Website: https://baricare.com.br/
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