RELEASES EMPRESARIAIS

TERÇA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2018 - Horário 15:15

Levantamento sobre operadoras do Sistema Unimed mostra melhor desempenho para aquelas com hospital próprio
Economia / Operadoras Unimed de pequeno porte com hospital próprio conseguem resultados financeiros e de qualidade superiores àquelas, de número de beneficiários semelhante, que não possuem seu centro médico para consultas, procedimentos e internações. Essa é a principal conclusão de levantamento realizado recentemente pela consultoria XVI Finance, de Ribeirão Preto (SP), após analisar dados de 59 Unimeds de 13 estados, sendo 60% delas de SP, RJ e MG, disponíveis no portal Tabnet da ANS - Agência Nacional de Saúde.

As informações se referem ao ano de 2016 de 17 Unimeds com hospital próprio e 42 sem, todas elas com um número de beneficiários entre 10 mil e 20 mil pessoas. A XVI Finance comparou, por exemplo, a margem líquida (relação entre o lucro líquido e receita líquida) entre os dois grupos: as cooperativas com hospital próprio obtiveram margem líquida de 4,5% contra 1,4% das demais. Em relação à sinistralidade (custo de prestação do serviço de saúde), nas Unimeds sem hospital próprio a média geral foi de 79,8% contra 75% das Unimeds com seu próprio centro médico.

A ANS também disponibiliza no portal um Índice de Desempenho da Saúde Suplementar baseado em indicadores de qualidade, como sustentabilidade no mercado, garantia de acesso ao serviço, gestão de processos e regulação, e qualidade e atenção em saúde. As Unimeds com hospital próprio conseguiram resultados melhores em todos esses indicadores conquistando um índice médio de 0,93 na escala de 0 a 1. Já as cooperativas sem hospital alcançaram um índice de 0,88.

"Quando uma operadora de saúde suplementar possui um hospital, ela consegue um melhor controle de preços e, consequentemente, dos seus custos, como o de internações, que são bastante significativos", explica Prof. Me. Lucas Macoris, sócio da XVI Finance e coordenador da pesquisa. Vale destacar que os custos com internações representam cerca de 50% de todos os custos assistenciais. Por isso, deter a gestão hospitalar é estratégico e financeiramente relevante para a sustentabilidade de uma operadora de saúde.

Ele ressalva, no entanto, que não basta construir ou comprar um hospital para se alcançar resultados superiores. "A profissionalização da gestão, com a implantação de melhorias nos processos e na governança, torna-se fundamental para consolidar a rentabilidade do negócio", completa ele.

O resultado do levantamento da consultoria aponta algumas tendências para o mercado de saúde suplementar nos próximos anos. "A principal delas, já em curso, é a verticalização, não só da Unimeds mas das operadoras de saúde em geral, com a construção ou compra de hospitais, até por uma questão de sobrevivência", analisa Prof. Dr. Adriel Branco, também sócio da XVI Finance e especialista na área de saúde.

Com o aumento da competição no setor e envelhecimento da população brasileira, complementa ele, as operadoras já estão se antecipando para um melhor controle dos custos mais onerosos no futuro que advirão da prestação de serviços para o crescente grupo de idosos nos planos de saúde.

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