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SEXTA-FEIRA, 14 DE NOVEMBRO DE 2025 - Horário 18:04
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ECO/ PRNewswire - Setor que alimenta cerca de 40 milhões de pessoas por dia debate os desafios para 2026

Encontro reuniu mais de mil participantes de maneira híbrida para discutir estratégias que minimizem os impactos financeiros em um ano que será marcado pela Copa do Mundo, Eleições e 10 feriados nacionais, além das questões climáticas

SÃO PAULO, 14 de novembro de 2025 /PRNewswire/ -- O 3º Seminário Aberc "Novos Rumos da Alimentação Coletiva: Inovação e Estratégias", realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Refeição Coletiva (Aberc) nesta quinta-feira, 13, na AMCHAM Business Center, em São Paulo, apresentou os desafios para 2026 e debateu as estratégias necessárias para o avanço do setor, com transmissão simultânea realizada pelo [Canal Restaurante|https://canalrestaurante.com.br/ABERC2025/777].



O evento reuniu executivos e especialistas de um mercado que movimenta mais de R$ 21 bilhões anualmente, emprega 350 mil profissionais e garante a alimentação de mais de 37 milhões de pessoas todos os dias.

O vice-presidente da Aberc, Rogério da Costa Vieira, destacou que os temas escolhidos são complexos. "Os próximos dois anos terão uma série de acontecimentos que vão impactar a economia, mas, apesar dos empecilhos, há também a vontade de abrir a mente e colocar um pouco de inconformismo para todos. A Associação está aqui para ajudar a mitigar os riscos".

Já Daniel Mendez, presidente da Aberc, trouxe a importância de debater a eficiência do setor, garantindo que continue a valorizar o que há de mais importante: o fator humano.  "As novas tecnologias e equipamentos somam ao setor e, como entidade, a associação deve reforçar que as práticas antigas devem ser revisadas e quebradas, para que o mercado abrace o novo cenário e consiga atingir as novas gerações. Não adianta apostar em velhas fórmulas".

Economia, tributação e o cenário futuro

Além das questões internas, o evento dedicou atenção especial aos desafios macroeconômicos e regulatórios.

Antônio Marques da Cruz, vice-presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de Compras (ABPC), apresentou uma análise sobre os impactos macroeconômicos previstos para 2026, que pretende ser desafiador: fenômenos climáticos (la niña e el niño) que influenciarão na oferta e procura de insumos; impacto e recuperação fiscal; efeito Trump; Copa do Mundo; eleições; e feriados foram mencionados como alguns dos pontos que ditarão o próximo ano. O executivo sinaliza para que as empresas se preparem o quanto antes, prevendo ações que minimizem os efeitos externos em seus planejamentos estratégicos.

Os impactos da reforma tributária também foram detalhadamente abordados. Sob a mediação de Marcos Tavares, consultor jurídico da Aberc, os advogados Edson Kondo e Paulo Ricardo de Souza Cardoso, ambos do Hondatar Advogados, e Eduardo Fleury, fundador do FCR Law, explicaram como as empresas de refeições coletivas precisarão se adaptar às novas regras de cobrança de impostos e como o novo modelo pode afetar custos, precificação e a competitividade do setor. O principal alerta foi para a questão do quanto o fluxo de caixa das empresas pode ser afetado. O painel reforçou que as mudanças acontecerão gradualmente até 2033, implicando em um longo período de transição entre impostos e taxas provenientes de dois sistemas tributários que coexistirão. Os especialistas aconselham que as companhias criem comitês multidisciplinares, com representantes de diferentes áreas das organizações, para analisar tais mudanças e criar um plano de ação a curto, médio e longo prazos.

Tecnologia e eficiência operacional

A tecnologia foi amplamente discutida, sendo apresentada como o ingrediente que garante a eficiência e a qualidade nos bastidores das cozinhas industriais. Os sistemas de gestão já integram o controle de insumos e o monitoramento da produção em tempo real.

Para contextualizar essa revolução, o painel sobre tecnologia contou com a participação de Gustavo Galegale, co-fundador e CTO da Hytag, que detalhou como a automação, a IoT (Internet das Coisas) e a Inteligência Artificial estão impactando processos e pessoas dentro do segmento, enfatizando a importância deste tema para as empresas.

Atração de talentos e a nova imagem da cozinha

Um dos desafios cruciais debatidos no Seminário foi a falta de profissionais qualificados, que se manifesta na alta rotatividade e na dificuldade de formação de novos trabalhadores. Este tema foi abordado em um painel conduzido por Fernanda Sorelli, com a participação de Josiani Faleiros, psicóloga gestora no Grupo GPS, e Fernando Blower, presidente da SindRio e diretor executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR).

Foi destacado que as novas gerações tendem a evitar funções mais exaustivas, como as que demandam longas horas na chapa ou diante do fogão, tornando o recrutamento mais desafiador. Nesse contexto, a tecnologia surge como uma aliada fundamental, não para substituir o trabalho humano, mas para torná-lo mais eficiente, seguro e atrativo. E cabe às lideranças se adaptarem à nova realidade.

O desafio do setor, portanto, é duplo: capacitar os profissionais para operar as novas tecnologias e reposicionar a imagem das cozinhas industriais como ambientes que oferecem desenvolvimento profissional e qualidade de vida no trabalho.

A hora e a vez das feiras e festivais gastronômicos

A CEO da Galunion, Simone Galante, também contribuiu com a apresentação de uma pesquisa sobre as macrotendências para o foodservice, oferecendo análises sobre o comportamento do consumidor e estratégias de adaptação às transformações do mercado. O estudo "Alimentação hoje: a visão do consumidor", realizado pela Galunion, mostra que o consumidor brasileiro está redesenhando os hábitos de alimentação fora de casa.

O levantamento, realizado em agosto de 2025 com mais de mil pessoas, revela os locais de consumo fora do lar mais procurados:  52% pretendem consumir refeições, alimentos ou bebidas em feirinhas e festivais gastronômicos nos próximos seis meses; seguido por locais como os Food Halls (46%); supermercados, empórios e mercados (39%); lojas de conveniência (29%); e espaços culturais (25%).

Sustentabilidade e alinhamento global (ESG e COP-30)

O alinhamento do setor com os grandes objetivos globais foi tema no painel "Abordagem do ESG aplicada na Alimentação Coletiva". O especialista Guilherme Cerqueira Martins e Souza demonstrou como as práticas sustentáveis, sociais e de governança estão sendo incorporadas ao mercado. O foco inclui a redução de desperdício, o uso responsável de recursos, a inclusão e a transparência na gestão das empresas.

Foto - [https://mma.prnewswire.com/media/2823822/Depositphotos_188461420_S.jpg|https://mma.prnewswire.com/media/2823822/Depositphotos_188461420_S.jpg]

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FONTE ABERC


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