QUARTA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2025 - Horário 13:54
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ECO/ PRNewswire - Revista China Hoje: Cooperação Sul-Sul e agroecologia
PEQUIM, 20 de agosto de 2025 /PRNewswire/ -- A emergência climática e as desigualdades socioeconômicas impõem um urgente reposicionamento das estratégias de desenvolvimento no século XXI. Enfrentar tais desafios exige um novo paradigma baseado na justiça social, sustentabilidade e solidariedade entre os povos. Nesse contexto, uma delegação de parlamentares e lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou uma visita inédita à China com o objetivo de fortalecer parcerias para o desenvolvimento rural sustentável, segurança alimentar e intercâmbio tecnológico.
Como deputada e militante do MST, entendo que superar a crise ambiental e social requer a articulação entre ação popular e políticas públicas eficazes. No Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem protagonizado iniciativas voltadas à inclusão social e à valorização da agricultura familiar.
A China tem se projetado como uma potência que busca integrar crescimento econômico com responsabilidade ambiental. Em sua obra Governança da China, o presidente Xi Jinping enfatiza a segurança alimentar e a transição ecológica como bases para a estabilidade social.
Em março deste ano, foi dado mais um passo importante nesta caminhada conjunta: uma visita à China da delegação de parlamentares representantes do MST, realizamos atividades formativas, culturais e institucionais com foco em temas como mecanização agrícola, produção de bioinsumos e estratégias de enfrentamento à crise climática.
Também discutimos a cooperação em bioinsumos, especialmente os derivados de resíduos urbanos, campo em que o Brasil já possui avanços em pesquisas microbiológicas. Outro ponto estratégico foi o debate sobre a abertura do mercado chinês para produtos da agricultura familiar brasileira, como mel, frutas nativas, cafés especiais e fitoterápicos. A criação de uma logística específica para a pequena produção e a ampliação das parcerias entre universidades, institutos de pesquisa e cooperativas foram temas recorrentes.
Essas experiências reforçam a importância da diplomacia popular e da cooperação entre países do Sul Global. Alianças como essa traduzem uma visão de mundo que recusa a dicotomia entre progresso e sustentabilidade. A união entre os saberes populares do MST e os avanços técnicos da China pode contribuir para um futuro onde o desenvolvimento seja, acima de tudo, humano, justo e ambientalmente responsável.
Por Lucia Marina dos Santos
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FONTE China Hoje