Os exames laboratoriais de referência para todos os pacientes são:
Hemograma completo
Eletrólitos
Testes de função renal
Teste de reagina plasmática rápida
Um teste de tolerância oral à glicose de 2 h
Dosagem da glicemia de jejum, da HbA1C, da vitamina B12, do ácido fólico e do hormônio estimulante da tireoide.
Alguns médicos incluem eletroforese de proteínas séricas. A necessidade de outros exames é determinada pelo subtipo de polineuropatia. Quando a EMG e a diferenciação clínica são inconclusivas, são necessários exames para todos os subtipos.
A abordagem aos pacientes com neuropatias com disfunção aguda de mielina é a mesma dos pacientes com síndrome de Guillain-Barré; a capacidade vital forçada é medida para verificar a presença de insuficiência respiratória incipiente. Nas disfunções aguda e crônica de mielina, realizam-se exames para doenças infecciosas e disfunção imunitária, incluindo exames de hepatite e HIV e eletroforese de proteínas do soro. A punção lombar também deve ser realizada; a disfunção de mielina decorrente de resposta autoimune costuma causar dissociação albuminocitológica: aumento de conteúdo de proteína no LCR (> 45%), mas contagem de leucócitos normal (≤ 5/μl).
No comprometimento das vasa nervorum e nas polineuropatias axônicas assimétricas, devem ser realizados exames para estados de hipercoagulabilidade ou vasculite parainfecciosa ou autoimune, em particular se sugeridos pelos achados clínicos; o mínimo consiste em:
- Eletroforese das proteínas séricas
- Medição do fator reumatoide, anticorpos antinucleares e CK sérica
- A CK pode estar elevada quando o início rápido da doença causa lesão muscular.
Outros exames dependem da causa suspeita:
Os estudos de coagulação (p. ex., proteína C, proteína S, antitrombina III, anticorpo anticardiolipina e concentração de homocisteína) devem ser realizados apenas se o estado de hipercoagulabilidade for sugerido pela história pessoal ou familiar.
Testes para sarcoidose, hepatite C ou granulomatose com poliangiite (anteriormente conhecida como granulomatose de Wegener) devem ser realizados apenas se sugeridos pelos sinais e sintomas dessas doenças.
Se não for identificada a causa, devem-se realizar biópsias do nervo e do músculo.
Normalmente faz-se biopsia do nervo sural afetado. Pode-se fazer a biopsia de um músculo adjacente ao nervo sural biopsiado, ou quadríceps, bíceps braquial ou deltoide. O músculo deve apresentar fraqueza moderada que ainda não foi avaliada por EMG com agulha (para evitar a interpretação errônea de artefatos da agulha). A anormalidade é determinada com mais frequência se o músculo contralateral apresentar anormalidades na EMG, particularmente se a neuropatia for um tanto simétrica. As biópsias de nervo tendem a ser mais úteis em axonopatias simétricas e assimétricas, mas são particularmente úteis nas axonopatias assimétricas.
Se os exames iniciais não identificarem a causa das axonopatias distais simétricas, um exame de urina de 24 h é realizado para pesquisa de metais pesados, sendo efetuada a eletroforese de proteínas na urina. Se houver suspeita de intoxicação crônica por metais pesados, o exame de pelos pubianos ou axilares pode ajudar.
A história e o exame físico devem determinar se são necessários exames para identificar outras causas.
Tratamento