Empreender e ter sucesso no negócio é para poucos, principalmente no Brasil. A alta carga tributária, o alto índice de informalidade, a burocracia e a crise econômica que já se arrasta há alguns anos acabam tornando o empreendedorismo um trabalho quase hercúleo. De um lado, há as grandes ideias e as demandas a serem atendidas, mas, de outro, há tantas dificuldades que uma em cada quatro empresas não passa dos dois anos de operação, isso somente no estado de São Paulo, segundo o Sebrae.

Outra pesquisa publicada pela entidade em 2016, com empresas criadas em 2011 e 2012, mostra que as principais dificuldades enfrentadas no primeiro ano de atividade foram: falta de clientes (16%), falta de capital (16%), falta de conhecimento (12%), mão de obra (10%), imposto/ tributos (10%), inadimplência (6%), concorrência (4%) e burocracia (4%).

Um fator comum a todas as dificuldades de se empreender no país é o dinheiro, que permeia todas as fases do processo e é ainda o principal resultado buscado. Para se ganhar dinheiro é preciso investir dinheiro. O pulo do gato, portanto, pode estar em pequenas economias possíveis e que permitam que a empresa guarde algum fôlego para aspectos que precisam de mais atenção, como o próprio core business.

“Considerando uma cidade do tamanho de São Paulo, com todas as suas questões logísticas, de infraestrutura e falta de espaço, soluções que resolvam esses problemas e que ajudem essas empresas recém-nascidas a começar a dar os primeiros passos vêm tendo uma receptividade bem alta. É o caso dos self storages”, afirma Thiago Cordeiro, CEO da GoodStorage, empresa líder do setor em São Paulo. Segundo a ASBRASS (Associação Brasileira de Self Storage), esse mercado cresce 5% ao ano em São Paulo. Atualmente são 250 unidades de self storages em operação em todo o país, somando 625 000 mil m2 – ou cerca de 88 campos de futebol. O mercado inteiro tem R$ 315 milhões ao ano de faturamento.

Um dado ainda mais interessante identificado pela ASBRASS é que 1/3 dos usuários desse tipo de solução em todo o país são pessoas jurídicas com negócios de diversas naturezas, o que mostra que o uso de self storages pode, sim, estar colaborando para o estabelecimento de novos pequenos negócios, seja como ponto de distribuição, local de expedição, estocagem de produtos ou armazenagem de materiais. Abaixo, três casos de pequenos empreendimentos cujo "pulo do gato" foi a opção por uma solução de self storage.

Numenu

Startup de e-commerce com dois anos de fundação, a Numenu criou uma espécie de serviço de bordo para usuários de aplicativos de mobilidade urbana. Os passageiros compram produtos de conveniência pela plataforma online da empresa durante a viagem – em kits específicos disponibilizados pela Numenu e que incluem medicamentos simples, chicletes, preservativos, cabos e carregadores portáteis para celular – e recebem suas compram das mãos dos motoristas, sem sair do automóvel. Autorizada a compra, os motoristas cadastrados na plataforma recebem a confirmação e entregam a mercadoria ao cliente, pois já circulam com um pequeno estoque no carro. A grande vantagem, para os motoristas, é a garantia de mais uma renda extra. Considerando a locação de um self storage como centro de distribuição desde seu início como uma forma de direcionar melhor o próprio capital, hoje a Numenu conta com três endereços em diferentes unidades da GoodStorage em SP, ampliando significativamente seus pontos de contato com os motoristas.

Poesia em Festa

Cansadas de suas rotinas como publicitárias, as amigas Leticia e Fabíola resolveram empreender alugando itens de decoração para festas. Para armazenar seu acervo de materiais, peças e ferramentas necessárias para decorar diversos tipos de cerimônia, optaram por alugar um box em uma das unidades da GoodStorage ao invés de investir em um imóvel para este fim. “O que nos fez escolher por alugar um self storage foi a proposta zero-burocracia que encontramos aqui”, conta Leticia Arese, sócia da empresa. “Se tivéssemos que apelar ao mercado imobiliário comum teríamos que comprometer um dinheiro que ainda não teríamos tido tempo de ganhar e investir muito mais na produção para pagarmos as contas antes que começássemos a lucrar”, acrescenta.

Gato Moderno

Em 2014, Celi Yamamoto inventou um arranhador para gatos e resolveu postar sua criação em seu perfil no Facebook. O produto fez sucesso e muitos amigos se interessaram e, com isso, ela começou a produzir algumas unidades e vender boca a boca.

A demanda aumentou e, como a “gateira” produzia em casa e toda a logística de entrega era feita por lá, o espaço começou a ficar pequeno. Por isso, no final do ano, começou a procurar alternativas para estocagem dos seus produtos e encontrou no self storage a solução perfeita. Hoje, Celi possui 2 boxes na Unidade Anhembi da GoodStorage, a mais próxima da sua casa, de 18 e 9m2, e destaca a facilidade em locar e desocupar espaços, a praticidade para transportar os produtos comercializados (que são grandes) e a segurança no armazenamento do estoque como principais benefícios que a solução trouxe para o seu negócio. Além disso, a empreendedora conta com um funcionário alocado no co-working da GoodStorage, que realiza toda a logística de entrega no próprio local.