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SEGUNDA-FEIRA, 2 DE DEZEMBRO DE 2019 - Horário 9:50

Quais os cuidados com os pets antes de sair de férias?
Veterinária / No fim do ano, muitas famílias saem de férias e as viagens fazem parte do cronograma. Para as que têm animais de estimação, a programação dos pets também precisa estar na lista de itens importantes no planejamento para o período. O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) alerta que o check-up da saúde dos peludos é o principal tópico, tanto para os que viajarão com seus tutores, quanto para os que passarão uma temporada em pet hotéis aguardando a volta da família.

Segundo os médicos-veterinários Thomas Marzano, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, e Carolina Filippos, integrante da mesma comissão, há diferentes fatores que devem ser levados em consideração para a tomada de decisão em ambas as situações. Por exemplo, se o pet tem alguma doença, se é filhote ou idoso, se possui limitações físicas, entre outros pormenores do perfil do animal.

Dicas para viagens com o pet

1. Consultar o médico-veterinário do pet

O pet deve passar por um check-up com antecedência, para que a família tenha tempo de verificar como está a saúde do peludo, a carteira de vacinação e os prazos dos controles de parasitas, como vermes, pulgas e carrapatos.

Em caso de uso contínuo de medicamentos, o profissional poderá fornecer um Atestado de Saúde do Animal, uma receita atualizada, além de orientar sobre os cuidados necessários.

O destino da viagem pode dizer muito sobre as precauções essenciais. "Por exemplo: se vai à praia, a proteção contra a dirofilariose, doença conhecida como "verme do coração", é indispensável. Se a região de destino é endêmica para a leishmaniose, é preciso prevenção contra a doença também", explica Carolina.

2. Atenção às necessidades para o transporte

No caso de viagens de carro, os tutores devem se informar sobre as leis de trânsito para acomodar o animal no veículo. Há observações, ainda, quanto ao bem-estar durante o trajeto. "Faça pausas a cada duas ou três horas, para que o animal se movimente, tome água, possa se refrescar e fazer suas necessidades", orienta a médica-veterinária.

Se optar por ônibus, todos os detalhes devem ser verificados com a empresa responsável pelo transporte.

Da mesma forma, para trajetos de avião, é preciso verificar as regras específicas de cada companhia aérea.

Vale ressaltar que as viagens internacionais exigem atendimento a diversas normas, que mudam de acordo com o país de destino. As informações estão no Guia Para Emissão de Atestados de Saúde de Pequenos Animais e precisam ser lidas com atenção. O conteúdo está disponível no campo "Guias e Manuais" do site www.crmvsp.gov.br.

3. Identificação do pet

Mesmo que o cão ou gato seja treinado e calmo, é importante providenciar uma coleira com informações para contato. O microchip também é uma opção de identificação, sendo que em alguns países é uma exigência.

4. Kit de primeiros socorros

"Além de insumos para pequenos curativos, podem ser levados medicamentos contra dor, enjoos, para reações alérgicas, pomada cicatrizante e colírio lubrificante, sempre com orientações de um médico-veterinário", enfatiza Carolina.

5. Locais com água merecem atenção

Se a viagem envolver espaços com piscina ou praias em que o acesso aos cães é permitido, atenção aos riscos de afogamento.

"No caso de piscinas, por exemplo, deve haver um local pelo qual o animal possa sair facilmente da água", alerta Thomas Marzano. O profissional também recomenda dar banho com água sem cloro depois da piscina e secar bem o pet, uma vez que o contato com a água pode causar reações alérgicas, dermatites e otites.

Dicas para hospedar o pet

1. Consulta ao médico-veterinário

Para hospedar animais também é indicado um check-up com um médico-veterinário, bem como a certificação de que a carteira de vacinação e os prazos dos controles de parasitas, como vermes, pulgas e carrapatos estão em dia. Esse cuidado é importante tanto para a saúde do pet quanto para a dos demais animais hospedados.

2. Planejamento com antecedência

Neste período do ano a busca por serviços de hospedagem para os pets cresce. Por isso, "se você não tem um familiar ou amigo que possa cuidar do seu animal de estimação durante sua ausência, garanta sua vaga em um local adequado bem antes da viagem", orienta Marzano.

3. Conhecendo o pet hotel

Conferir como são as instalações e quem são os profissionais que atuam no local é importante. Além disso, o estabelecimento deve possuir registro junto ao CRMV-SP e um médico-veterinário como responsável técnico - itens obrigatórios para esse tipo de prestação de serviço.

"Se for a primeira vez que seu pet ficará longe de casa, dê tempo para a adaptação no local. Leve-o algumas vezes antes da viagem, por períodos mais curtos, e veja se ele se acostuma com o espaço, as pessoas e se aceita o convívio com outros animais", recomenda Marzano.

4. Rotina alimentar

Os tutores devem informar sobre os horários e a quantidade de alimento que o pet está acostumado a comer, para que isso seja mantido.

Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 38 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.


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