QUINTA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2019 - Horário 14:57
6 cuidados para empresas atraírem as startups certas em sua estratégia de open innovation
Tecnologia / As grandes empresas brasileiras estão cada vez mais escolhendo o caminho da inovação por meio da interação com startups. Essa relação gera soluções, disponibiliza tecnologia e até mesmo mão de obra de acordo com seus desafios e necessidades. Este processo é uma das formas mais contemporâneas do chamado open innovation. Mas o que é preciso ter em mente ao escolher uma startup?
Especialista em open innovation, Pedro Teixeira, diretor de operações da Troposlab (www.troposlab.com), uma das principais aceleradoras do país e autoridade em programas de aceleração corporativos, alerta para alguns cuidados na hora de escolher as soluções certas. "Startups são uma ótima fonte de novas tecnologias, novos modelos de negócio e novas formas de pensar. No entanto, existem alguns fatores em relação a procurar por uma startup e alguns cuidados nessa relação", explica.
O especialista ainda afirma que os principais motivos que levam as empresas a procurarem startups são para atrair novas soluções de problemas internos da empresa ou para o relacionamento com os seus clientes e atrair talentos e contaminar os colaboradores com novas formas de pensar. "Talvez seja a maneira mais rápida de uma empresa trazer o conflito de ideias e provocar os seus colaboradores a pensar de uma forma diferente", diz Pedro Teixeira. Na hora de escolher uma startup para um programa de open innovation, de acordo com a aceleradora brasileira, seis pontos devem ser observados com atenção:
Ter um filtro
Antes de iniciar um processo de open innovation, é crucial que a empresa entenda perfeitamente quais são as suas necessidades e estabeleça um filtro sobre o tipo de startup que deseja atrair. É fundamental ter em mente o estágio evolutivo das potenciais startups (seja ela em estágio de ideia ou já na fase de vendas) que mais se enquadra no que a empresa precisa.
Linguagem
Há uma diferença de linguagem entre os dois mundos, ou seja, o da grande e o da pequena empresa. Nem todas as startups estão aptas com o linguajar corporativo e é um fator importante para se levar em questão durante o processo. Em alguns momentos, pensar como startup é indispensável e traz celeridade ao processo.
Coconstrução
Open Innovation, como o próprio nome supõe, prevê uma relação de colaboração e troca de ideais e negócios. É fundamental escolher startups que tenham essa mentalidade e fujam da tradicional relação cliente-fornecedor do mundo corporativo.
Não se limitar a certificações
É preciso ter em mente que nem todas as startups possuem atestados de capacidade técnica e ISOs. Na verdade, isso é bastante raro no ecossistema, mas não deve ser um obstáculo. Muitas startups trazem a inovação necessária às empresas a um preço atrativo porque ainda não têm o "peso" necessário para cobrar o que realmente valem.
Atenção a alguns sinais de confiabilidade
É importante olhar para alguns indícios de que a startup já foi avaliada pelo ecossistema empreendedor, como participação em programas de aceleração, recebimento de investimentos e premiações. São indicativos que mostram a robustez dessas pequenas empresas.
Controle das próprias expectativas
Muitas empresas entram no processo despreparadas e esperam encontrar startups com soluções superinovadoras, com vários cases de sucesso e com soluções prontas e já testadas. Porém, essa expectativa costuma ser frustrada em um dos dois lados dessa moeda. Soluções muito inovadoras, principalmente aquelas que ninguém do seu mercado possui, costumam necessitar de testes e validações. A sua empresa, para ser pioneira, tem que se predispor a ser um desses testes.
Website: http://www.troposlab.com