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QUARTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2019 - Horário 17:35

Brazilian Bass: mesmo sob crítica, subgênero conquista o mundo
Arte e Entretenimento /

Em 1948, o francês Pierre Schaeffer criou o musique concrete, um som produzido a partir de ruídos gerados por toca-discos, manipulação sonora, variação de velocidade e leitura de gravações. Pronto. Surgia a música eletrônica.

Com o passar dos anos, o advento dos sintetizadores, os computadores, softwares e gravadores digitais enriqueceram a gênero musical, tornando-o cada dia mais abrangente, plural e diverso. Não existem limites para a criatividade humana e com o estilo não foi diferente. Um terreno rico de sons, ruídos, barulhos, melodias, toadas e tinidos foi mais do que suficientemente fértil para o surgimento de diversos subgêneros.

Atualmente, existem centenas de tipo e novas vertentes não param de aparecer. Para quem tem curiosidade sobre as modalidades que existem no mundo da música eletrônica, o site Ishkur's Guide to Electronic Music foi criado justamente para mostrar a variedade de sons.

Essa curadoria levantada por Kenneth John Taylor, conhecido como Ishkur, mostra a criação dos diversos subgêneros da e-music em uma linha temporal irreverente. A última versão entrou no ar em agosto de 2019 e possui atualizações sobre sons lançados durante os anos 2010.

Nesses últimos nove anos, o house, deep house, dubstep, trance, trap foram as bases para a criação de novas fusões, do metal ao hip-hop. Dentre os tipos que ascenderam, atualmente, está o Brazilian Bass - um estilo com sons e melodias nacionais e que invadiu as picapes mundo à fora.

Brazilian Bass: música eletrônica com ritmo do Brasil

Internacionalmente, a música brasileira é conhecida pelos batuques do samba, o compasso do forró e o som suave da Bossa Nova. Recentemente, a música eletrônica entrou nesse rol com o Brazilian Bass, um ritmo com influências do low bpm e do deep house, com uma presença marcante do live vocal e a inserção de outras faixas e remixes.

Considerado por uns como um novo gênero, por outros como uma adaptação de vários estilos, o Brazilian Bass ganhou rapidamente notoriedade dentro do cenário internacional. As multidões comprovam: o Brasil conquistou seu lugar no mundo da e-music.

“Os DJs brasileiros estão mandando muito bem e agora o mundo inteiro está de olho no que estamos fazendo por aqui”, afirma Leonardo Ritter, DJ e produtor natural de Tramandaí, RS. Conhecido na cena como RITT3R, o artista atesta: são números absurdos que provam que não precisamos mais importar atrações de fora para atrair multidões. “Definitivamente, estamos conquistando nosso espaço”, completa.

Recentemente, o Brazilian Bass sofreu algumas críticas pesadas inclusive, sobre sua originalidade. Para RITT3R, esse subgênero levantado por Alok, Vintage Culture e outros DJs, deveria ser encarado como uma estratégia para lançar, principalmente no exterior, uma nova geração de produtores em busca de identidade.

“Esse tipo de conflito sempre surge. Eu acredito que ainda vai demorar uns anos para que os diversos gêneros dentro da música eletrônica consigam entender de que o mercado musical não precisa ser uma disputa pelo conceito, pelo público

ou ainda por qual é melhor”, analisa. “O universo da música eletrônica é para os que fazem verdadeiramente o que acreditam. Esses terão seu espaço garantido. Independentemente de estilo”.

Com apenas 18 anos, RITT3R detém números expressivos e acumula diversas apresentações no Rio Grande do Sul. O Brazilian Bass é um dos subgêneros presente nas suas composições, justamente porque preserva as suas origens e suas raízes simples. ‘‘A música eletrônica esteve presente na minha vida desde muito novo, nos melhores e piores momentos”. Em apenas dois anos de atuação, já possui um remix da música “Aquela paz”, lançada pela gravadora ONERPM e segue despontando no cenário regional.

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