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SEXTA-FEIRA, 28 DE JUNHO DE 2019 - Horário 14:32

Da Ásia às tradições inglesas o chá da tarde conquista cada vez mais brasileiros
Estilo de Vida /

O chá, símbolo da realeza inglesa e milenar na cultura oriental está em crescimento e deve chegar a uma produção anual de 4,4 milhões de toneladas até 2027, de acordo com a FAO. Ocupando a posição de segunda bebida mais consumida do mundo, atrás apenas da água, o chá é carregado de histórias e cultura. 

Presente nos contos de fadas, na tradição da Ásia à Europa, receitado pelas nossas avós em diferentes versões, como medicamento para todo tipo de doença, ele vem ganhando espaço no mercado brasileiro com produtos e serviços relacionados a esse universo, incluindo redes de lojas dedicadas à bebida e blends premium para paladares mais exigentes.

“Para ser chamado de chá, de forma legítima, a bebida precisa ser preparada à base da folha Camellia Sinensis. O que pouca gente sabe é que os chás verde, branco, preto e vermelho são variações da mesma erva. Nativa da Índia e da China, a planta é considerada um elixir da boa saúde pelos orientais. Entre os fatores que causam as variações dos chás estão: o tipo de processamento, colheita, época de retirada das folhas, no uso de brotos e escolha entre uso de vapor ou da fermentação”, conta a master em etiqueta e boas maneiras Fabi Calvo que ministra cursos e palestras sobre chá da tarde. 

A expansão do chá nas terras do café

A relação do brasileiro com o chá, já vem de longa data, desde a colônia portuguesa. Foi no final do século XIX, que a pedido do Rei Dom João VI, as primeiras mudas de Camellia sinensis desembarcaram no país, vindas de Macau, e foram plantadas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O café, no entanto, mostrou-se mais lucrativo e ganhou a força de mercado, sendo até hoje um dos principais produtos nacionais de exportação. 

O consumo do chá pelo brasileiro segue abaixo dos padrões mundiais. No mundo, são consumidas 3 milhões de xícaras da bebida por minuto. No Brasil, a média tímida: 12 xícaras por pessoa ao ano, contra 817 doses de café para o mesmo período. Mas o mercado do chá segue otimista como tendência, vislumbrando um aumento substancial. Os indicadores de interesse do brasileiro pelos chás já vem se mostrando em seu comportamento online: as buscas na internet por tipos de chá cresceu 168% entre 2011 e 2016, de acordo com o Google. 

De olho neste mercado, a espanhola Tea Shop incluiu o Brasil em seu plano de expansão de marca com lojas que contam com mais de 100 combinações para o preparo da bebida, bem como acessórios. O movimento de olhar para o consumidor brasileiro também foi adotado pela Twinings. A marca inglesa com 312 anos de atuação e presente em 115 países criou uma comunicação exclusiva para o Brasil pela primeira vez apenas em 2018. 

Eventos trazem a experiência do Chá Inglês para o Brasil

Em São Paulo, eventos trazem a experiência do chá da tarde com palestras de especialistas e momento de vivência, atraindo decoradores, cerimonialistas, meseiras e profissionais do segmento para experimentarem as delicadezas desse ritual e aplicarem em seus negócios. Em junho, a Casa do Anfitrião recebeu um encontro voltado para Tableware e Dècor, etiqueta e chá da tarde. 

O conteúdo foi elaborado em parceria pelas especialistas, a Jornalista Claudia Matarazzo e a master em etiqueta e boas maneiras Fabi Calvo, da Allure Eventos e Festas. 

“ Difundir conhecimento é o primeiro passo para a construção do hábito. Reunimos um público disposto a entender mais do ritual do chá da tarde, das particularidades de uma mesa posta para este momento. Uma curiosidade simples, mas onde muita gente erra, na composição da mesa do chá não se usa sousplat”, ensina Fabi Calvo. 

Os chefs de cozinha que assinam a cozinha do espaço, Thiago Ebert e Madu Trama, criaram uma versão com toques brasileiros para o menu, acrescentando ao lado dos tradicionais sanduichinhos ingleses de salmão defumado e de pepino, o mineiro pão de queijo.

 “A tradição do afternoon tea inglês propõe uma ordem certa para apreciação dos quitutes. Quando servidos nas bailarinas, que expõe as gostosuras em andares a regra é degustar de baixo para cima, começando com os salgados e terminando com os tradicionais Scones”, pontua Fabi Calvo. 



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