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SEGUNDA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2019 - Horário 13:28

Oceanos geram a maior parte do oxigênio respirado
Negócio / O Dia Mundial dos Oceanos, 8 de junho, foi criado pela ONU durante a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, em 1992. Este evento também ficou conhecido como Cúpula da Terra. "O objetivo desta data é promover uma reflexão sobre a importância do oceano para a Terra, celebrar a vida marítima e criar uma consciência sobre a proteção da vida nos oceanos", enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News ( www.revistaecotour.news).

Os oceanos geram a maior parte do oxigênio respirado, absorvem grandes quantidades de emissões de dióxido de carbono e são economicamente importantes para os países dependentes do turismo, da pesca e de outros recursos marinhos.

Entretanto, os mares enfrentam sérios perigos causados por atividades humanas, como a exploração de recursos naturais, a destruição e a modificação de habitats e a contaminação da água com resíduos sólidos. A consciência sobre os danos e as atividades humanas que causam ao ecossistema é necessária para evitar a destruição desse recurso.

A zona costeira e marinha brasileira de 3,5 milhões de km² demonstra à extensa e importante ligação que nosso País tem com os oceanos. Levantamento do Ministério do Meio Ambiente indica que setores da economia como petróleo, transporte, pesca, lazer e turismo relacionados diretamente ao mar representam 19% do PIB. "Esses números também trazem um alerta voltado à proteção desse ambiente", salienta Vininha F. Carvalho.

Durante a 46ª edição do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, foi apresentado um estudo sobre o impacto do lixo à vida marinha. De acordo com o documento, até 2050 os oceanos abrigarão mais detritos plásticos do que peixes. Outra pesquisa, publicada no ano passado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, indica também que até lá 99% das aves marinhas terão pedaços de plástico no organismo. Hoje, de acordo com os pesquisadores, 90% já são vítimas dessa poluição ao meio ambiente.

A relevância do assunto levou a ONU a declarar o período entre 2021 e 2030 como a Década Internacional da Oceanografia para o Desenvolvimento Sustentável - a Década dos Oceanos. A iniciativa tem como objetivo ampliar a cooperação internacional em pesquisa para promover a proteção dos oceanos e a gestão dos recursos naturais de zonas costeiras.

Por ano, oito milhões de toneladas de plástico são despejados no mar em todo o mundo, segundo alguns pesquisadores. Levando em conta que o tempo de decomposição do plástico é de aproximadamente 400 anos, com essa poluição se repetindo a cada ano, o homem está causando um estrago praticamente irreversível ao meio ambiente. Se não for parado já com isso, vai ser liquidada de vez a vida marinha.

Mas, além do plástico, outros tipos de lixo também oferecem danos irreparáveis à vida nos oceanos. Grandes quantidades de resíduos podem estar escondidas no fundo dos oceanos ou fragmentadas em pedaços tão pequenos que não são captados pelas análises convencionais. Essas partículas estão sendo ingeridas por criaturas marinhas - o que pode resultar em consequências desconhecidas.

Os cientistas da Associação Educacional do Mar de Woods Hole, no Estado americano de Massachussetts fizeram uma lista dos países que seriam os maiores responsáveis pelo despejo desses resíduos. As 20 nações que despejam as maiores quantidades seriam responsáveis por 83% do plástico mal gerenciado que pode entrar nos oceanos.

A China ocupa o topo da lista, produzindo mais de um milhão de toneladas. Mas a equipe ressalva que é preciso levar em conta a imensa população do país e a extensão da sua costa. O crescimento econômico está ligado à geração de lixo. A equipe de pesquisadores avaliou que a quantidade de plástico jogada anualmente nos mares pode alcançar 17,5 milhões de toneladas até 2025. Isso significa que até lá 155 milhões de toneladas chegarão aos oceanos.

O Banco Mundial estima que o patamar máximo de lixo produzido no mundo só será atingido em 2100.
A falta de sistemas de tratamento de lixo alimenta a entrada de plástico no oceano. Não existem possibilidades de recolher o plástico do fundo dos oceanos considerando que a sua profundidade média é de 4,2 mil metros. "A melhor forma é evitar que o plástico chegue aos oceanos, por isto a conscientização torna-se a melhor solução", conclui Vininha F. Carvalho.



















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