QUINTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2019 - Horário 13:24
Educação infantil, palco de mudanças transformadoras nas ações de sustentabilidade
Economia / Atualmente, a sustentabilidade nas escolas passa longe dos concursos de reciclagem de latinhas ou brinquedos construídos com sucata. A Educação Infantil pode ser palco de mudanças transformadoras e inspiradoras na formação da nova geração quando se volta a uma forma de desenvolvimento que não compromete os recursos do planeta e junta a prática ao discurso.
Uma educação para a sustentabilidade é tarefa tanto para o repertório familiar quanto para as instituições de ensino, onde fica mais evidente que o impacto coletivo é determinante perante as ações de cada indivíduo. Conheça algumas dicas que podem ajudar o ambiente escolar a ser o mais sustentável possível:
Materiais Escolares
Outra mudança de paradigma é o uso interno de materiais. Papel, por exemplo, quando e como ele é realmente necessário? Na Educação Infantil, a utilização de materiais físicos tem uma função fundamental no desenvolvimento motor e cognitivo, que devem ser trabalhados em uma proposta de uso racional nas atividades, com reuso sempre que apropriado e de reciclagem. Esse tipo de abordagem sistemática forma hábitos em futuros adultos conscientes e engajados em um modo de vida sustentável. Do ponto de vista administrativo, boa parte da papelada pode ser digitalizada, poupando recursos e gerando economia.
Da mesma maneira, os demais materiais educativos merecem atenção: glitter, tintas e colas tradicionais muitas vezes usam compostos químicos que contaminam a água com sua lavagem emicroplásticos que acabam parando nos oceanos e matando corais, desequilibrando o ecossistema marinho, ou ainda contaminando lixões (e consequentemente o lençol freático) e cursos de rio. Usar tintas atóxicas e sem metais pesados nas paredes e uso de materiais de limpeza mais naturais e atóxicos são medidas que reduzem os danos ambientais na manutenção da rotina escolar.
Merenda escolar
Interligada à estrutura da escola, ao conteúdo de sustentabilidade e à rotina dos alunos está a alimentação. A cozinha e cantina são enormes campos de iniciativas de sustentabilidade: desde evitar industrializados com seu excesso de embalagens à merenda preparada privilegiando ingredientes produzidos localmente.
Atividades ao ar livre:
Por fim, atividades ao ar livre, seja na escola ou integradas com ambientes externos, aprofundam a vivência do aluno e a conscientização de que o cenário urbano é interdependente de outros sistemas e afetado por eles. Parques, museus e áreas de preservação natural são fontes extremamente ricas de estímulos a reflexão sobre como nos integramos no lugar onde vivemos e como dependemos da saúde deles para preservarmos a nossa. Na conexão da escola com o mundo, cabem também transformações: iniciativas como uma rede de caronas são estímulos ao uso mais consciente do transporte motorizado.
*Angélica Biazioli é Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil e Ensino Fundamental I do Colégio Liceu Coração de Jesus.
