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QUINTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2019 - Horário 11:30

Glitter enfeitou e brilhou no Carnaval, mas representa ameaça ao meio ambiente
Estilo de Vida / Cada vez mais reciclar, reutilizar e reaproveitar são fatores que precisam ser praticados para preservar o planeta. O descarte apropriado do lixo é uma das iniciativas que contribuem para diminuir o impacto do Carnaval no meio ambiente.

O Brasil possui uma das três maiores reservas de bauxita do mundo. Cada 1.000 kg de alumínio reciclado significa 5 mil kg de minério bruto poupados. Uma lata de alumínio demora mais de 100 anos para se decompor na natureza. Como o alumínio pode ser reciclado sem nenhuma perda de qualidade, as latas de alumínio são o produto ideal para a reciclagem.

A cada tonelada de latas recicladas, deixamos de extrair 1,5 toneladas de minério de ferro. A extração do minério representa o maior impacto na análise de ciclo de vida das latas. A cada 75 embalagens de aço recicladas, se salva uma árvore que, sem isso, estaria sendo transformada em carvão vegetal. A lata, quando coletada e destinada corretamente a uma usina siderúrgica ou fundição, pode ser reutilizada como matéria-prima infinitamente no processo de fabricação de novo aço, sem perder nenhuma de suas propriedades.

Os benefícios do uso do aço reciclado no processo de fabricação de novo aço, envolvem economia energética de 74%; economia de matéria prima virgem de 90%; redução no consumo de água de 40%; redução de poluentes na água de 76%; redução de poluentes no ar de 86%; redução de resíduos de mineração de 97%.
"Para que cada resíduo tenha o destino final adequado, é necessário que a coleta seletiva seja realizada de forma efetiva para que cada tipo de material separado ingresse no processo correto de reciclagem", ressalta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).

Dar uma destinação ambientalmente adequada e economicamente viável ao lixo produzido no Carnaval é um desafio à sociedade. Mas já se identifica uma tendência para a redução do consumo de certos materiais poluidores. É preciso evitar a contaminação da rede de abastecimento de água por microplásticos como o glitter. Estas partículas reluzentes decorativas teriam surgido, segundo a crença popular, em uma fazenda em Nova Jersey na década de 1930, quando um imigrante alemão inventou uma máquina para cortar excedentes de material em pedaços minúsculos. O glitter plástico está enquadrado na definição de microplástico da Administração da Atmosfera e Oceano dos EUA, uma categoria de material que se tornou alvo de campanhas ambientais. A película plástica da qual a maioria dos glitters é fabricada pode demorar até mil anos para se biodegradar. Em 2015, Barack Obama assinou uma lei que proibia o uso de microesferas plásticas na fabricação de maquiagens laváveis.

Além da poluição evidente, a presença dessas partículas traz uma questão ainda mais preocupante. O microplástico acaba sendo ingeridos por animais menores e se acumula ao longo da cadeia alimentar. O glitter ecológico feito com insumos biodegradáveis que variam de uma marca pra outra; dentre eles, podemos encontrar celulose, algas, pó de rochas e muito corante alimentício oferece vantagem para o folião. O produto pode ser utilizado sem problemas e pode ser facilmente retirado do corpo com água e sabão.

Confetes e serpentinas, por exemplo, podem entupir bueiros e intensificar o problema das enchentes, já comuns nessa época do ano. A utilização de confetes sustentáveis que utilizam folhas e pétalas secas de plantas e flores é uma boa opção, enfatiza Vininha F. Carvalho.

Utilizar fantasias recicladas, investir em glitter biodegradável e evitar a geração desnecessária de resíduos são ações que devem ser consideradas para aproveitar a folia do próximo ano de uma forma mais sustentável.




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