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QUARTA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO DE 2019 - Horário 10:02

Coach de concursos fala sobre o maior inimigo na hora de se preparar para uma prova
Negócio /

Todos os anos o governo anuncia números animadores aos que se dedicam a conquistar uma vaga em órgãos públicos. Para 2019, a previsão não é diferente: o Orçamento Federal de 2019 prevê mais de 48 mil vagas para todo o país, com oportunidades nos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Por trás destes números, existem histórias de dedicação de anos e muita esperança e esforços envolvidos. Mas será que toda essa dedicação é empregada da forma correta? Nilson Albuquerque, Coach especializado em concursos públicos, explica o grande erro dos concurseiros: “Hoje, o aluno não consegue um bom rendimento nos estudos porque a maior parte dos cursinhos oferece diversos materiais, extensos conteúdos, vídeos, resumos e todo tipo de meta. Mas não há preocupação com o processo de aprendizagem. Ler por ler é diferente de aprender. É preciso estar atento ao que vai ficar retido na memória e o que vai direto para a lixeira, junto com as longas horas de dedicação aos estudos”.

Nilson Albuquerque explica ainda, que não adianta simplesmente comprar um pacote de videoaulas, apostilas e exercícios e, do dia para a noite, iniciar um processo cansativo de muitas horas de dedicação, tal como muitos fazem. “A preparação tardia, ou seja, iniciar os estudos apenas quando sai o Edital e dedicar 12 horas por dia, por dois ou três meses é a pior estratégia. Passada a prova, o aluno esquece grande parte do conteúdo estudado. As chances de desperdiçar tempo e energia são grandes, até que o mesmo vá em busca de um outro Edital. Ou seja, o estudo de véspera de prova pode até funcionar no colégio e na faculdade, mas em concursos públicos, não funciona. Sem um hábito consistente e sustentável de estudos, há um alto número de desistentes, com o passar do tempo”, conta.

Albuquerque oferece uma analogia pertinente sobre o processo saudável para assimilar novos conteúdos. “Vamos pensar em dois baldes, de tamanhos diferentes, logo abaixo de duas torneiras próximas. No balde maior jorra muita água da torneira (muitas horas de estudo), no entanto, ele possui uma fissura, onde a água consegue vazar (esquecimento). Esse balde nunca ficará cheio. Já o outro balde, um pouco menor, pois irá receber apenas o conteúdo que realmente importa, acumula a água mais lentamente (a torneira pinga), mas não possui vazamento. Ele vai demorar a encher, mas a água (conhecimento) não vai vazar por lugar algum”.

Portanto, para aqueles que nunca se dedicaram a aprender Direito Constitucional, ou ainda não têm conhecimento em Raciocínio Lógico vai a dica: não adianta destrinchar um livro de 500 páginas em duas semanas. É necessário um desenvolvimento gradual, de forma que o cérebro receba o treinamento certo para assimilar novas informações. O ritmo de estudos para quem está querendo começar a se preparar para concursos deve respeitar o aprendizado progressivo, podendo até mesmo iniciar com apenas uma hora e meia de estudos por dia e, quando houver mais segurança no processo, pode-se ampliar as horas de estudo.

Também deve ser levado em conta que preparar-se para uma prova é um processo que requer estratégias. “É preciso levar em conta o estilo de vida de um concurseiro, o ritmo do processo de aprendizagem, sem falar que cada indivíduo tem um horário, um estilo de vida, muitas vezes trabalha ou tem filhos. Isso tudo deve ser considerado ao invés de tratar todos os alunos como robôs. Estamos falando de neuroaprendizagem e programação neurolinguística para melhor aproveitamento nos estudos”, afirma Albuquerque.

** Nilson Albuquerque é Advogado da União concursado pela Advocacia-Geral da União, Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Ceará e Pós-Graduado em Direito Público e Direito Penal. Hoje, dedica-se ao exercício de Treinador Comportamental. Possui formação em desenvolvimento humano em escolas como Instituto de Formação de Treinadores, Professional & Life Coach, Instituto Brasileiro de Coaching, Business & Executive Coach, Instituto Brasileiro de Coaching, Master Coach, Instituto Brasileiro de Coaching, Master Practitioner em Programação Neurolinguística pela Sociedade Internacional de Programação Neurolinguística, além de possuir Cursos de Neuroaprendizagem na Teachers College, Columbia University, e outros.



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