Foi-se o tempo em que shopping center era sinônimo apenas de centro de compras. Atualmente, os espaços investem em programações culturais diversas e acessíveis, reunindo teatro, cinema, música e exposições de artes. Além disso, serviços importantes para o cotidiano entram em destaque, como espaços de coworking, saúde e bem-estar. A concentração em um mesmo local colabora para que essas experiências se tornem acessíveis a um público mais amplo, transformando os empreendimentos em importantes polos criativos e interativos na cidade.

Os shoppings tornam-se mais acolhedores e produtivos com as novas possibilidades de negócio. Estudos mostram que o público procura esses espaços para trabalhar, comer, se divertir e encontrar os amigos, não apenas para comprar. Um estudo feito pelo Ibope Inteligência entre 1998 e 2016 mostrou um índice de 37% do público, em 2016, para pessoas que vão ao espaço passear e ver os amigos. Enquanto isso, em 1998, essa porcentagem era de 16%, mostrando o crescimento do índice.

Já em 2017, um estudo realizado pela Officina Sophia Retail, em parceria com a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) tentou mostrar o que a geração Z, público mais jovem, busca nos shoppings. Um dado importante mostra que 27% dos clientes dessa geração querem mais livrarias com propostas sustentáveis, por exemplo, mostrando a tendência em relacionar estes espaços a pontos de cultura. Além disso, 60% dos entrevistados citaram espaços que promovem prazer e bem-estar.

Alameda Shopping

Entre as boas iniciativas, está o espaço de coworking gratuito, criado no Alameda Shopping, em Brasília, pronto para receber estudantes e profissionais em busca de um espaço mais dinâmico para estudar, trabalhar e criar projetos.

A ideia é colaborar com o desenvolvimento de novas iniciativas da cidade, oferecendo um espaço aconchegante e equipado para as mentes criativas. "Incentivamos esse tipo de pensamento e queremos que o Alameda Shopping seja um espaço democrático, vivo e amplo em possibilidades", afirma Carlos Curione, Superintendente do Alameda.

O espaço conta ainda com uma academia, para receber o público em busca de uma vida mais ativa e saudável. Apresentações teatrais e eventos criados para envolver toda a família também são constantes.

Boulevard Shopping

Enquanto isso, outros empreendimentos, como o Boulevard Shopping, também em Brasília, inovam ao oferecer, por exemplo, um ponto de incentivo ao bem-estar e à saúde. Entre os projetos mais recentes, o shopping recebe, este mês, um aulão de SuperDance com a equipe da FitDance, um dos projetos mais balados em dança na atualidade. A ideia é aproveitar o amplo espaço externo do shopping para proporcionar atividades ao ar livre e de fácil acesso para o público. Para Luana Peixoto, gerente de marketing do Boulevard, o evento é uma oportunidade de utilizar o espaço de maneira mais divertida e saudável. "Queremos incentivar esse encontro entre os brasilienses que se divertem com uma modalidade tão completa como a dança", destaca. Vale lembrar que, atualmente, a FitDance está presente em mais de 10 mil academias pelo Brasil.

Um espaço gratuito para treinos de patinação também já foi montado no estacionamento coberto. Com a chegada do período de chuvas, em outubro do ano passado, o local se transformou em uma importante alternativa para os atletas que quiseram se aperfeiçoar de maneira segura. “Acreditamos no esporte como um importante investimento para a saúde e desenvolvimento social, por isso reservamos esse espaço”, afirma Luana Peixoto, Gerente de marketing do Boulevard.

As atrações culturais são outro ponto forte. O projeto Quinta Musical se destaca ao incentivar a produção musical de Brasília com apresentações semanais gratuitas, reunindo estilos musicais diversos e artistas de qualidade. Além dele, a Mostra de Artesanato tem espaço garantido para a criação local. O público infantil ganha atenção especial com projetos que incentivam a brincadeira, a leitura e o convívio social. Entre eles, atrações como o Espaço do Brincar, a Casa da Árvore e Feiras do livro com obras específicas para os pequenos são sempre frequentes.

O shopping abre suas portas para a cidade e se transforma em palco teatral, museu, casa de shows e ponto de encontro para as famílias. A variedade atrai um público diverso e consolida o local como um espaço vivo e democrático. A ideia é aproveitar os amplos e numerosos corredores para oferecer muito mais do que produtos e criar, enfim, boas experiências.