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QUINTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2019 - Horário 14:15

O que é enxaqueca associada à disfunção auditivo-vestibular?
Ciência & Saúde /

Tida como uma das doenças mais incapacitantes pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a enxaqueca afeta cerca de 15% dos brasileiros, conforme o Ministério da Saúde, uma média de 31 milhões de pessoas. A maioria entre os 25 e 45 anos. 

Ainda segundo o Ministério, a incidência da enxaqueca diminui após os 50 anos, principalmente nas mulheres. De 3 a 10% das crianças são afetadas pelo problema, mas na fase adulta a predominância é feminina, chegando a até 25%, mais que o dobro da frequência em homens. Mas você sabia que ela pode estar associada à disfunção auditivo-vestibular?

O médico Fayez Bahmad Jr., do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (Iborl), explica que normalmente os pacientes podem apresentar alguns indícios, como tonturas, zumbido no ouvido, perda neurossensorial, entre outros. Ele complementa que nos quadros de enxaqueca clássica, os sintomas podem durar de poucos segundos à até 60 minutos, enquanto os pacientes com o problema associado a disfunção auditivo-vestibular podem sentir dor por horas, dias e até mesmo semanas. 

"Intolerância a movimentos, vertigem por estímulo visual como telas de cinema, iluminação de lojas e shoppings centers e telas de computadores também são muito características nesses pacientes", destaca o especialista. Ele comenta que a duração desses ataques de vertigem pode variar bastante, indo de minutos a várias horas ou semanas. 

Mas e como tratar o problema?

Fayez Bahmad aponta que o primeiro passo para alcançar o controle dos sintomas é convencer os pacientes a ingressarem no chamado "migraine lifestyle", que é caracterizado por mudanças nos hábitos de vida, focando principalmente em alterações dietéticas, atividade física e sono regular. "Dentre as mudanças na dieta, podemos citar a redução ou eliminação do aspartame, chocolates, cafeína, álcool e carboidratos. Além disso, a prática de exercícios auxilia na diminuição do estresse e melhora os padrões de sono, também fundamentais", fundamenta Dr. Fayez.

"Mas, se as medidas comportamentais não funcionarem, é possível ainda fazer uso de medicações para controle dos episódios vertiginosos", finaliza o médico.

Sendo assim, faz-se necessário uma avaliação especializada para um adequado diagnóstico e tratamento.



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