Ser influencer é profissão. Consolidada e bastante concorrida. Mas não é qualquer um que consegue sobreviver na internet. A última edição do levantamento do Google Os Influenciadores - Quem Brilha na Tela dos Brasileiros traz algumas características daqueles que já alcançaram o sucesso produzindo vídeos: "inteligentes, engraçados, carismáticos ou polêmicos". E a lista não para por aí: "são corajosos, cara de pau, não têm medo de se expor a críticas". Esses atributos precisam ser somados ao trabalho de fato: produzir vídeos constantemente ou correr o risco de cair no esquecimento, já que há poucas barreiras de entrada neste mercado e novos concorrentes aparecem diariamente.

"A maior dificuldade é se manter relevante em um mercado tão saturado", fala Lucas Caetano de Rosa, 24, que criou o canal Vagazoide em 2010. "É preciso estar presente em todas as redes sociais, fazer parcerias, participar de eventos físicos. Essas ações podem ser mais relevantes para a sua carreira do que o número de views em um vídeo". Rick Ordonez, 33, do canal Dany Martines do segmento de "faça você mesmo" completa: "o mercado é muito dinâmico, tudo pode mudar de uma hora para outra. Além disso, somos autônomos, não temos uma rede de segurança. Trabalhar na internet é se superar todos os dias".

Segundo o Google, existe uma "projeção poderosa que reforça o lado aspiracional dos canais" fazendo com que muitas pessoas acreditem que podem alcançar o mesmo sucesso do que as celebridades ou produtores de conteúdo que já estão consolidados internet. Isso pode explicar o crescimento do mercado de influenciadores digitais. Projeção da Mediakix mostra que atualmente este mercado movimenta cerca de USD 4 bilhões no mundo e deve alcançar US$ 10 bilhões até 2020.

No Brasil, o maior exemplo de sucesso e inspiração é Whindersson Nunes, celebridade mais influente do Brasil de acordo com o ranking Os Influenciadores e dono do vídeo mais visto em 2018 - ironicamente, trata-se de uma peça publicitária.

Para quem pensa em começar, a dica de Rick Ordonez é "criar algo constante". Viralizar logo de cara pode ser uma armadilha. "Às vezes a pessoa viraliza e depois não consegue manter a produção de vídeos, aí perde o timing". Quando ele e Dany Martines abriram o canal, ambos focaram em metas possíveis considerando que a moda o DIY ("Do it yourself") estava chegando ao Brasil. "A gente combinou que se não chegássemos a 10 mil seguidores em um ano, trocaríamos de tema. E para a nossa surpresa foram 70 mil inscritos nos primeiros 12 meses". Hoje são 3 milhões de seguidores somando todas as redes sociais do projeto.

A plataforma usada para publicar o conteúdo, em especial vídeos, também pode fazer  diferença. Em redes como YouTube e Instagram, os principais influenciadores são estrelas consagradas com vários milhões de seguidores, como Felipe Neto (28 milhões) e Júlio Cocielo (17 milhões), e os dias em que um anônimo saía do nada para alcançar a fama como youtuber podem ter ficado para trás. Por isso, muitos influenciadores médios ou iniciantes hoje já optam por tentar se destacar em outras plataformas, onde novos talentos podem ter mais oportunidades. Novos aplicativos têm conquistado público no Brasil em diferentes classes sociais.

Nesta semana, o aplicativo de vídeos curtos Snaptube, que acaba de chegar ao Brasil, lançou um concurso que expande os horizontes de quem está sonhando em ser influenciador digital em 2019. "É importante construir uma relação com os criadores de conteúdo, conhecê-los e também apresentar a nossa plataforma" diz Cristiane Xin, gerente de marketing do Snaptube.

"O concurso vai dar vários prêmios, como câmeras, fones de ouvido Beats e uma viagem para os EUA. Mas o principal é a chance de divulgar o trabalho para milhões de pessoas". A campanha já está no ar e a expectativa é receber mais de 3 mil vídeos até o dia 20 de janeiro. Para saber mais sobre o concurso você pode acessar http://bit.do/snaptube6 .