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SEGUNDA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2018 - Horário 17:28

Disfunções do Sistema Nervoso Autônomo: como podemos tratá-las com a Osteopatia e como influenciam nossa vida
Ciência & Saúde / O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é uma subdivisão do Sistema Nervoso responsável pelo controle neural involuntário de todas as estruturas do corpo (órgãos, glândulas, vasos sanguíneos arteriais, sangue, sistema linfático e etc.) com exceção dos músculos esqueléticos. Sua principal função é manter o equilíbrio fisiológico interno de todas as células, tecidos e órgãos.

Existem três divisões do SNA: Entérico, Simpático e Parassimpático. O primeiro é localizado e exclusivo de todo trado digestivo (do esôfago ao reto), já os outros dois são antagônicos e complementares e estão localizados na coluna vertebral, na pelve e no Tronco Cerebral, ou seja, os nervos autonômicos saem dessas regiões até os órgãos e glândulas.

Quando este sistema não está funcionando de forma equilibrada ocorrem as chamadas Disautonomias (locais e sistêmicas). As divisões Simpática e Parassimpática precisam se alternar durante todo o dia e a noite, isto é, quando a intensidade (tônus) de um está alta a do outro precisa estar baixa. As Disautonomias locais ocorrem em sistemas ou órgãos específicos gerando sintomas nestes locais.

Um exemplo muito comum é alteração do funcionamento dos nervos que suprem o intestino grosso, podendo acarretar em constipação intestinal, diarreias, produção excessiva de gases, diminuição da absorção de nutrientes, dentro outros. Um outro local comum de queixas dos pacientes é o Estômago, onde podem surgir sintomas como Refluxo Gastroesofágico, gastrites, dificuldades de digestão com sensação de estufamento, enjoos, dentre outros. Disfunções de movimento das vértebras e dos ossos da pelve, aumento de tensão em músculos específicos e nas suturas do crânio, além de diminuição da mobilidade das vísceras e das meninges (membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, interligando a região da cabeça à pelve) são importantes fatores mecânicos que podem desencadear estas alterações do Sistema Nervoso Autônomo.

Um dos principais fatores de risco para disautonomia é o atual ritmo de vida intenso ao qual a maioria das pessoas estão expostas. O stress crônico não tratado desencadeia as disautonomias sistêmicas que se caracterizam pelo predomínio de intensidade de uma das divisões do SNA durante todo o momento e por um longo período. Nestes casos, além dos mesmos sintomas das alterações locais do SNA, os pacientes apresentam transtornos psicoemocionais como irritabilidade e depressão, distúrbios do sono e sensação de fadiga crônica generalizada.

A Osteopatia atua de maneira direta e indireta sobre o Sistema Nervoso Autônomo. O processo de avaliação leva em conta as queixas clínicas do paciente somadas aos sinais apresentados por eles como coloração e textura da pele, intensidade de sudorese, variação da frequência cardíaca (HRV), posicionamento alterado da úvula e resposta a reflexos autonômicos específicos (como dilatação e contração das pupilas em resposta à luz). O tratamento envolve técnicas de manipulação e mobilização da coluna vertebral e pelve, técnicas cranianas diversas (em ossos, suturas e membranas), técnicas diretas nas vísceras, técnicas de estimulação e inibição do SNA e de reequilíbrio do movimento das meninges (membranas que revestem o cérebro e toda a medula espinhal, ligando o crânio ao osso Sacro, na pelve). Alguns procedimentos que não são originalmente da Osteopatia também são utilizados para reequilibrar o SNA, como técnicas de respiração profunda controlada e meditação, ambas com comprovação científica da sua eficácia em diminuir os níveis de stress crônico e o nível de Cortisol sanguíneo.

A EBRAFIM (Escola Brasileira de Fisioterapia Manipulativa) ensina e pratica com seus alunos a anatomia, fisiologia e importância do SNA desde os primeiros módulos da formação em Osteopatia. Inicialmente os alunos são estimulados a realizar o pensamento crítico em relação aos sintomas e as causas deles aprendendo a avaliar e tratar todo o sistema, na seguinte ordem: avaliação e tratamento das estruturas musculoesqueléticas, viscerais e cranianas. Ao final da especialização os alunos têm a oportunidade de se aprofundar em um módulo específico sobre Sistema Nervoso Autônomo e aprender os detalhes do seu funcionamento, avaliação e tratamento direto, além de compreenderem de forma mais ampla a importância deste sistema na vida dos seus futuros pacientes e, assim, poder ajudá-los de maneira mais eficiente.

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