A busca por informações sobre as disputas eleitorais deste ano atingiu níveis históricos. Apenas no 1º turno da corrida presidencial foram realizadas 47 pesquisas de intenção de voto — 11 a mais do que em 2014, numa média de praticamente uma por dia. Para além da importância das eleições, tal alta é um indicativo favorável ao crescimento de instituições que busquem não apenas agregar diversos levantamentos num só lugar, mas também evidenciar sinais ignorados pelos institutos de pesquisa oficiais.

Dentre essas alternativas destacam-se os mercados de previsão (“prediction markets” em inglês), que cada vez mais têm deixado de resumirem-se a um conceito acadêmico pouco explorado nos anos 90, para levarem empresas como Augur e Gnosis (ambas fundadas sobre suas premissas) a avaliações de mercado da ordem de 300 milhões de dólares. Não chega a ser surpreendente, portanto, o surgimento de um player com foco no mercado nacional, e com uma seção dedicada inteiramente às eleições brasileiras. É nesse cenário que o Futuur apresenta-se como a primeira plataforma a aplicar a metodologia dos mercados de previsão às corridas pelos 27 governos estaduais, 54 postos do senado, e presidência.

Ao contrário das pesquisas com período de coleta limitado, a plataforma oferece um levantamento contínuo, atualizado 24h por dia a partir de informações do mundo real, distancia-se dos institutos de pesquisa também por fazer perguntas ligeiramente distintas das suas. Ao invés de indagar sobre em quem os respondentes pretendem votar ou o que gostariam que acontecesse, a plataforma questiona sobre o que acreditam que vai acontecer, buscando então estimar coletivamente as chances de cada resultado possível.

Em mercados de previsão como este, na prática, o ato de fazer uma previsão individual equivale a fazer uma aposta num dos candidatos disponíveis, sendo o preço da aposta a variável coletivamente determinada pelo mercado. Por disponibilizarem também mecanismos de compra e venda de posições similares aos de uma bolsa de valores, é permitido aos participantes atualizarem suas previsões frente a qualquer evento do mundo real que considerem afetar os rumos das disputas. O resultado esperado desta dinâmica, portanto, seria um cálculo probabilístico mais preciso, realizado a partir de informação de maior qualidade, atualizado em tempo real e agregando perspectivas diversas para dar conta da natureza mutável dos levantamentos no tempo.

Durante o 1º turno das eleições, o Futuur realizou mais 200 levantamentos, gerando aproximadamente 11.000 apostas, e foi capaz de prever corretamente os candidatos que iriam para o 2º turno da disputa presidencial, mais de 90% dos que venceriam as disputas pelos governos estaduais em 1º turno, 77% dos candidatos que seguiriam para as disputas estaduais de 2º turno, e pouco mais de 60% dos candidatos eleitos ao Senado. Foram feitos também 25 levantamentos antes das eleições com relação às chances de algumas candidaturas serem lançadas ou indeferidas, tendo a previsão da plataforma mostrado-se correta em 24 delas.

O fundador da empresa, Tom Bennett, resume o objetivo da plataforma ao declarar que “a política brasileira é um microcosmo do que está acontecendo no mundo em geral, que está cada vez mais interconectado e mais complexo. Mas isso traz também muito ruído, muito fake news. Com o Futuur, estamos trabalhando para trazer a inteligência coletiva à tona de maneira mais transparente, e prover um pouco mais de clareza nesses tempos voláteis.”

Resultados atuais e desafios futuros

Para estimular o engajamento e volume de previsões necessários ao mercado, o Futuur utiliza diversas funcionalidades sociais — como a habilidade de seguir outros participantes, comentar em suas previsões, e competir para ganhar posições no ranking de jogadores. A empresa espera, com isso, aliar a estrutura de um jogo, em que o capital social esteja em disputa, aos princípios da busca por ganhos pessoais.

Para além das eleições, outro momento de sucesso da plataforma foi a competição para prever os vencedores do Oscar, que mobilizou parte de sua comunidade de 15 mil pessoas e conseguiu prever corretamente todas as 14 principais categorias do prêmio, num desempenho que superou até mesmo o de publicações como Variety e Los Angeles Times. "Nada mal para quem está chegando agora", afirma Bennett, em alusão às ambições de estabelecer-se num mercado que, fora do Brasil, movimentou 37.9 bilhões de dólares só em 2015 e espera chegar à marca de 60 bilhões em 2020.

Além de previsões em Política e Entretenimento, o Futuur cobre atualmente mais de mil eventos nas áreas de Finanças, Esportes e Ciência, e visa a aprofundar sua cobertura com uma maior oferta de levantamentos. Seu aplicativo pode ser baixado em português no Google Play, na iOS App Store, ou na web em futuur.com. Mais informações podem ser encontradas em sua página de How It Works, ou em seu vídeo introdutório.