RELEASES EMPRESARIAIS

QUARTA-FEIRA, 10 DE OUTUBRO DE 2018 - Horário 11:46

Chances de gravidez aumentam em mulheres obesas após adiamento de transferência embrionária no tratamento de reprodução assistida
Ciência & Saúde / Segundo a OMS, em 2016, 40% da população adulta feminina do mundo estava acima do peso e cerca de 15% sofria de obesidade. Os efeitos negativos dessas alterações endócrinas na fertilidade são conhecidos, por isso especialistas recomendam sempre buscar a gravidez estando com peso normal, a fim de lidar com menor risco e não impactar negativamente a saúde do bebê.

Como pesquisadores IVI apresentaram hoje no 74º Congresso da Sociedade Americana de Reprodução Assistida (ASRM), mulheres com obesidade poderiam se beneficiar do adiamento da transferência do embrião, que, de acordo com um estudo prospectivo, elimina a correlação entre as taxas de implantação, aborto e recém-nascido vivo e as taxas de obesidade e gordura corporal na mãe.

"Em vez de transferir o embrião apenas alguns dias após a estimulação ovariana e extração dos óvulos, a transferência é adiada para um ciclo mais tarde, evitando assim um possível efeito negativo sobre o endométrio sem que a qualidade de embriões seja diminuída", explica Antonio Requena, Diretor Médico do IVI Madrid. Este atraso é viável graças à técnica de vitrificação - o congelamento ultrarrápido em nitrogênio líquido a -196ºC-, técnica desenvolvida com participação do IVI e utilizada diariamente em mais de 70 clínicas do grupo.

Estes resultados são derivados do estudo "ABC Trial: Appraisal of body content. Frozen embryo cycles are not impacted by the negative effects of obesity seen in fresh cycles", liderado pelo Dr. Kim JG e supervisionado pelo professor Richard T. Scott, CEO do IVI-RMA Global, especialistas que estudaram casos de mais de 1200 pacientes do grupo de Reprodução Assistida (junho de 2016 - abril de 2018).


Obesidade, fator de risco para infertilidade
Assim, a transferência de um embrião vitrificado poderia mitigar os efeitos negativos da obesidade observados em ciclos frescos. O IVI passou anos pesquisando a correlação entre obesidade e diminuição da fertilidade das pacientes. De fato, mulheres obesas frequentemente precisam de um período mais longo para engravidar espontaneamente e têm até três vezes mais chances de ter problemas de infertilidade do que mulheres com peso normal.

"Isso se deve a diversos fatores, como a baixa receptividade endometrial, que afetam seu prognóstico reprodutivo", diz o Dr. Requena. "As taxas de implantação e gravidez diminuem significativamente com o aumento do IMC feminino. Além disso, o risco de complicações obstétricas é três vezes maior, as taxas de aborto aumentam e há o dobro do risco de morte fetal e parto prematuro em mulheres obesas, quando comparadas às mulheres que engravidam com peso normal ", acrescenta o especialista.

Por outro lado, a obesidade não afeta apenas as mulheres, mas os próprios filhos também podem sofrer durante a adolescência e na idade adulta, devido ao fator de risco para doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, síndrome metabólica e diabetes tipo II.

Assim, embora pareça que o adiantamento da transferencia poderia melhorar o prognóstico reprodutivo dessas pacientes, os especialistas do grupo IVI sempre recomendam que as mulheres tenham uma gestação pesando o mais próximo possível do normal. Para conseguir isso, os ginecologistas aconselham um plano de redução de peso modificando os maus hábitos nutricionais. É importante consultar um nutricionista e realizar exercícios sob a supervisão de um preparador físico, já que está comprovado que o exercício moderado em homens e mulheres melhora os resultados em tratamentos de reprodução assistida.


Sobre o IVI

IVI nasceu em 1990 como a primeira instituição médica na Espanha especializada inteiramente em reprodução humana. Desde então, ajudou a gerar mais de 160.000 crianças, graças à aplicação das mais recentes tecnologias em Reprodução Assistida. No início de 2017, o IVI fundiu-se com a RMANJ, tornando-se o maior grupo de Reprodução Assistida do mundo. Atualmente, possui mais de 70 clínicas em todo o mundo e é líder em medicina reprodutiva. No Brasil, IVI está em Salvador. https://ivi.net.br/ - http://www.rmanj.com/

Mais informações
Fabiana Simões
(71) 99138-0384
fabiana.simoes@ivirma.com






Website: http://www.ivi.net.br
© 2014 Todos os direitos reservados a O Globo e Agência O Globo. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.