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TERÇA-FEIRA, 9 DE OUTUBRO DE 2018 - Horário 15:02

Seguro auto online: será o fim das corretoras de seguros?
Economia /

O mercado brasileiro de seguros vem crescendo, só no ano passado o crescimento foi de 7%, se comparado ao mesmo período do ano de 2016. Estes números são da Carta de Conjuntura do Setor de Seguros, esta é uma publicação mensal, assinada pelo (SINCOR-SP) Sindicato dos Corretores de Seguros do estado de São Paulo.

O mercado de seguros vem sofrendo em alguns setores, assim como os demais ramos do país, todos sabem dos mais de 14 milhões de desempregados, mesmo aquelas pessoas que ainda tem os seus empregos, mesmo aquelas pessoas que ainda tem os seus empregos, tiveram que fazer reanálises de contas pessoais para poder seguirem em frente.

No ramo de seguros, os serviços mais afetados foram: seguro auto e seguro residência, por mais que o segurado tente ou queira manter o seguro já existente, outras prioridades os levam a desistir deste tipo de contratação de serviço. O número de empresas e profissionais autônomos “aventureiros” era grande, essas empresas e profissionais não prestavam a assessoria necessária aos seus clientes, unindo isso a crise, acabaram desistindo de atuar no mercado de seguros. Isso acabou deixando a maioria dos fechamentos e controle deste tipo de serviço na mão de grandes corretoras, que conseguem fazer a prestação de pós-venda com muito mais qualidade e segurança.

Resiliência – Essa palavra define muito bem o desempenho de crescimento no ramo de seguros. Mesmo com um cenário negativo no Brasil, até o momento, neste ano de 2018, houve uma arrecadação de R$ 117,9 bilhões, se compararmos ao crescimento, dentro do mesmo período em 2016, somando os números, o crescimento até o momento do setor de seguros foi de 3,5%. Lembrando que fora descontado o valor de arrecadação do seguro DPVAT, cujo o volume de prêmios foi reduzido neste ano por norma do CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados. Através de dados divulgados pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), a evolução do mercado até o momento é de 5,3%. Os dados mencionados foram reunidos pela CNSEG e publicados no boletim conjuntural da Carta do Seguro.

Segundo Márcio Coriolano, presidente da CNSEG, em editorial da Carta de Seguro, as maiores taxas, seguidas pela ordem dos ramos de maior contribuição, se representam assim: Seguro auto com 5,8%; PGBL, com 12,6%; Vida Coletiva, com 7,1%; Vida Individual, com 25,5%;Vida Risco Tradicional, com 19,00%, e Rural, com 17,8%. Comparando com a revitalização do ramo automotivo, os planos de acumulação de VGBL diminuíram seu ritmo de crescimento, tendo atualmente uma evolução de 4,3%, após as taxas superlativas em 2016, e do primeiro trimestre de 2018”.

Indo além da Crise - Segundo o Diretor Geral da CotandoSeguro.com, Anderson Luis Gimenez, a empresa Cotando, que é uma corretora de seguros de São Paulo, atendendo também a nível Brasil, o crescimento no ramo de seguros, mesmo com a crise, foi de 32% até o momento, neste ano de 2018, em relação ao mesmo período no ano de 2017. Isso só mostra o quanto a diferença de uma assessoria de qualidade, um bom atendimento, informações claras e um pós-venda de qualidade, podem fazer total diferença em um negócio, ressalta Anderson. Com informações passadas pelo diretor da Cotando Seguro, podemos ter uma base a nível nacional.

Tecnologia e a crise – Segundo alguns especialistas, a tecnologia será responsável pela queda substancial do volume de prêmios em alguns segmentos de seguros tradicionais, como o seguro auto que de acordo com o relatório AON de 2018, o setor de seguros de automóveis terá uma queda de 40% no volume dos prêmios entre os anos de 2018 e 2050, neste período, os veículos autônomos deverão estar totalmente elaborados e desenvolvidos nos principais mercados do país.

A visão dos corretores de seguros para o mercado atual

Mesmo com o grande crescimento no setor de seguros, muitos corretores não conseguem aguardar a concretização das comissões. O sistema de recebimento no ramo de seguros é a longo prazo, o corretor precisa ter paciência para receber sua remuneração. Ainda existe um fluxo muito grande deste tipo de profissional. Os corretores que são sozinhos (autônomos), acabam desistindo de continuar a tentar conseguir efetivar vendas de seguros, que por sua vez, acabam procurando outros ramos de venda para poder suprir suas necessidades pessoais.

Os grandes profissionais do ramo sabem que precisam ter um pouco de paciência para conseguirem fazer belas comissões, caso o profissional não tenha essa mentalidade empreendedora, acaba que ficando para trás, ressalta Anderson Luis.

Diante dos números estatísticos e da mudança do mercado no decorrer dos próximos anos, ter noção dos riscos é fundamental para a readaptação do profissional corretor. “O profissional corretor de seguros, deve se reinventar como consultor especializado, sabendo e entendo como agregar mais valor a cada cliente atendido. Somente aqueles profissionais que entenderem que a tecnologia não é inimiga, mas sim uma aliada, continuarão subindo nos degraus do sucesso no ramo de corretagem de seguros, complementa Anderson Luis Gimenez diretor da CotandoSeguro.com.



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