RELEASES EMPRESARIAIS

QUINTA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2018 - Horário 12:52

Eleições: os investimentos ficarão para 2019?
Economia /

Desde o início da Crise Econômica em meados de 2014, a economia nacional viu o seu declínio sem a certeza de quando esse processo cessaria.

Entre quedas e crescimentos tímidos no PIB nos últimos anos, a moeda comercial brasileira entrou em colapso diversas vezes, deixando um rastro de empreendimentos falidos e o percentual de desempregados maior. A esperança dos comerciantes que resistiram a quatro anos de crise, é que esse recesso econômico tenha seu fim após o período eleitoral.

Sendo 2018 o ano de mudanças no cenário político, os presidenciáveis aplicam seus esforços e retóricas para convencer os eleitores a confiar o seu voto em propostas que, de certa forma, visam melhorar a vida do empresário e empregado.

Desde reforma tributária à trabalhista, os comerciantes esperam um aquecimento na economia que possa ajudar na expansão de seus negócios, aumentando a oferta e demanda.

A verdade é que o ritmo do crescimento caiu às vésperas das eleições. A incerteza nas intenções de votos dos eleitores demonstra seu reflexo no mercado, estagnando projetos e investimentos de curto e longo prazo. Com os índices inseguros, muitos empresários e investidores escolheram congelar os capitais e replanejar suas ações para o ano de 2019.

Segundo Diogo Chubatsu, especialista em serviços internacionais: “Há dois cenários possíveis para a retomada econômica. A primeira, com o aumento do dólar, o foco do investidor deve ser voltado para a exportação não somente de commodities, mas também de produtos industrializados, como alimentos processados e cosméticos. Já que há indústrias que ainda não foram abaladas pela crise, é uma jogada estratégica para aumentar o lucro”.

“A segunda hipótese, num cenário onde o dólar cai e a Ibovespa ganha mais espaço, o foco estratégico é a importação. Tendo em vista que as classes C e D, estimuladas com oferta e demanda, e principalmente empregos, será novamente a classe consumidora mais pesada na economia nacional”.

Mesmo sendo uma suposição, Diogo ainda afirma: “Mesmo os cenários sendo imprevisíveis, é importante esperar que as eleições passem para que investimentos possam de vez sair da gaveta com mais segurança. Afinal, ninguém quer se jogar no mar de improbabilidades sem a certeza de um retorno estimável”.

De fato, alguns candidatos somam, segundo economistas, a maior probabilidade de um bom crescimento no PIB e estabilidade econômica em relação a outros presidenciáveis. Mas dentro das especulações, ainda levará alguns anos para o país entrar nos trilhos e superar os déficits e dívidas públicas.

Certamente, com o segundo semestre em queda, o ritmo de aquecimento deverá ser alto logo no primeiro semestre de 2019. Para a retomada, o eleito deverá assumir um mandato com diversas expectativas de mudanças tributárias, fiscais e trabalhistas, tópicos polêmicos que foram diretamente discutidos no mandato atual.

Somando as expectativas com a realidade crítica da saúde pública, educação e segurança, o trabalho do próximo presidente deverá enfrentar uma economia abalada e um país com uma taxa de 12,3% de desempregados. Porém este cenário que muitos enxergam como caótico se torna uma excelente oportunidade para alavancar a estagnação dos últimos quatro anos.

Sob o aspecto internacional os conflitos comerciais entre Estados Unidos, China, Rússia e outros países de grande potencial consumidor, podem gerar consequências negativas para os envolvidos, mas oportunidades para empresas brasileiras. Um exemplo disso, de acordo com Diogo Chubatsu, é a venda de produtos industrializados brasileiros para países da Ásia e do Oriente Médio, onde o produto consegue adentrar os preços agressivos e culturalmente é bem aceito pelas populações locais.

Para quem espera entrar no mundo dos negócios mesmo em tempos difíceis, é preciso tomar diversas medidas preventivas para dar continuidade às atividades. Explica-se: o mercado atual vive em transformação constante, exigindo aos empresários uma readaptação quase ininterrupta.

Superar esse desafio não é tão complexo quanto as pessoas pensam. Para lidar com os riscos, é fundamental realizar um plano de negócios com bastante antecedência. Mesmo analisando as estratégias dos principais concorrentes, vale ressaltar que copiar um modelo de negócio funcional não é garantia de lucro.

Para permanecer longe da chance de fechar as portas, é fundamental ser um líder presente no cotidiano do negócio. A dica é evitar que terceiros não sejam responsáveis pela tomada de decisões importantes, ao menos nos primeiros meses do negócio.

Na visão de muitos, empreender significa um cenário totalmente novo e desconhecido. No começo de novas empreitadas, obstáculos e inseguranças são bastante comuns. 



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