RELEASES EMPRESARIAIS

QUARTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2018 - Horário 12:47

Cumprimento de leis internacionais e adoção de melhores práticas ainda dependem de profissionais multidisciplinares
Tecnologia /

CFOs e CCOs, siglas pelas quais atendem os líderes do departamento financeiro e de compliance, respectivamente, ainda precisam de capacidades multidisciplinares e integração com áreas distintas como marketing, RH, compras e jurídico. Tudo isso para elevar o nível da cultura organizacional e o cumprimento das obrigações legais impostas às empresas.

Identificada por especialistas a tendência segue em discussão, especialmente em meio às reformas legislativas, como a nova legislação trabalhista implementada pelo governo brasileiro, por exemplo. Novas regras internacionais também mexem com o dia a dia das organizações, caso do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês), a lei de privacidade de dados em vigor na União Europeia (UE).

O entendimento neste novo cenário é o de que o responsável pela área de conformidade seja ao mesmo tempo meio, forma e facilitador, capaz de garantir que empresas trabalhem sob uma cultura interna sólida, com metodologias bem fundamentadas e resultados positivos. Assim, são esperados resultados positivos como a entrega de bens e serviços com maior qualidade e, consequentemente, elevação das receitas.

Com deveres e responsabilidades completamente diferentes daquelas observadas cinco, dez, ou até quinze anos atrás, os profissionais envolvidos estão deixando de atuar apenas como figuras meramente jurídicas, comprometidas apenas com o cumprimento da burocracia, afirma o Chief Financial Officer (CFO) da TMF Group Brasil, Athos Belém. “Atualmente os executivos de compliance precisam de habilidades e conhecimentos em muitas áreas porque é de sua responsabilidade garantir que a empresa inteira adote e utilize os melhores processos designados para cada departamento”, afirma.

Segundo ele “o cumprimento da lei dentro das companhias é o básico, aquilo que permite a uma empresa operando normalmente. Mas novas funções como a integração do profissional com os times de vendas, marketing, compras, facilities, entre outras, é essencial, já que impacta tão positivamente nos processos internos de uma empresa, que todos ganham: funcionários, gestores, executivos, clientes, fornecedores, parceiros e, especialmente, os acionistas”, complementa.

Exemplo dentro de casa

Para garantir as mudanças culturais necessárias para o cenário atual, os CFOs e CCOs não precisam necessariamente ter formação nas disciplinas de matemática, contabilidade ou economia. Gestores experimentados nos setores de marketing, vendas, administração e até RH, podem contribuir na figura de líder financeiro ou de compliance. Importante também garantir que esses gestores trabalhem sob o departamento jurídico, e não do financeiro, assegurando a independência necessária para o exercício da função.

No caso específico da própria TMF Group, consultoria holandesa com escritórios no Brasil, seu CFO global, Han Kolff, passou por cargos de liderança em outras companhias, chefiando times de marketing e vendas. “É claro que o CFO precisa, sim, ter conhecimentos de finanças para cumprir todas as demandas fiscais, jurídicas e tributárias que são, em geral, mandatórias. Mas isso não representa impeditivo algum para o desempenho da função, como no caso de nosso CFO Global, um gestor com passagens por outras áreas. Perfis como o dele, dinâmico e polivalente, podem contribuir muito para atender às necessidades e orquestrar adoção e cumprimento de processos extremamente benéficos para a organização, claro, sempre atendendo às melhores normas de conformidade”, finaliza.

 

 



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