Após valorização aproximada de 1.285% no preço do Bitcoin em 2017, o mercado brasileiro de corretoras de criptomoedas, as chamadas Exchanges, passou rapidamente de inexplorado para muito concorrido. Desde o início de 2018, surgiram mais de uma nova corretora por semana. “É um crescimento mais que proporcional em relação ao crescimento do mercado”, afirma Nilber Vittorazzi, desenvolvedor e fundador da Iazo, Exchange lançada em abril de 2018.

Outra recém lançada Exchange é a Coinext, que aposta em um programa de afiliados para ganhar mercado. “Compartilhar os ganhos com usuários que trazem novos usuários não é novidade, é uma tendência em startups. Ao invés de investirmos milhões de reais em marketing, preferimos remunerar os clientes que nos ajudam a crescer”, afirma José Artur, CEO da empresa. A empresa chega a remunerar até 40% de comissão sobre taxas geradas pelos indicados. Ainda segundo José Artur, “o aumento do número de Exchanges no país deve-se, principalmente, à falta de barreira de entrada por não existir uma regulamentação no setor. E isso é bom. ”, afirma.

Com a entrada de novos players, as exchanges que lideravam o mercado vêm anunciando condições comerciais mais vantajosas e avanços de plataforma. A MercadoBitcoin, por exemplo, eliminou a cobrança da taxa de depósito. Já Foxbit e BitcointoYou anunciaram a troca de plataforma e futura listagem de novas criptomoedas.

Todo este movimento no mercado é, certamente, mais positivo que negativo. Os investidores brasileiros passam a contar com mais opções e faz com que as Exchanges reduzam taxas e melhorarem o atendimento. No entanto, especialistas do mercado alertam para a necessidade de avaliar a idoneidade e segurança das corretoras antes de investir.