SEGUNDA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 2018 - Horário 13:40
Segundo dados, varejo brasileiro cresce 1,1% em dezembro
Negócio / As vendas do varejo brasileiro cresceram 1,1% em dezembro de 2017, na comparação com o mesmo mês de 2016 e sem levar em consideração a inflação que incide sobre os setores do varejo ampliado. Os dados foram obtidos do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado no dia 16 de janeiro.
Ainda assim, o mês foi prejudicado pelas datas do Natal, que caiu em uma segunda-feira. Caso contrário, com as devidas correções, o índice deveria ter um aumento de 1,7%, o que indicaria a desaceleração do varejo, já que o mês de novembro teve aumento de 2,6%.
Gabriel Mariotto, diretor de inteligência da Cielo, ainda ressalta que a Black Friday, que aconteceu no mês de novembro, apresenta um crescimento mais acentuado por ter caráter de novidade. Então, ao comparar o índice de dezembro com o dos demais meses, observa-se um aumento considerável.
O indicador também mostra resultados similares: alta de 2% em dezembro, na comparação com o ano anterior, enquanto novembro apresentou crescimento de 3%. Ao desconsiderar os efeitos do calendário, a transição de novembro para dezembro mostra uma desaceleração no mercado.
No período de 18 a 24 de dezembro, foi visto um crescimento nominal de 2,8% na comparação com o mesmo período de 2016. Mariotto reitera que o crescimento visto na época do Natal acompanha o que foi visto nos outros meses.
Dados do IPCA
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) verificado pelo IBGE, em dezembro de 2017, mostrou uma alta de 2,95% no acumulado dos últimos 12 meses, maior do que o que foi visto em novembro, que registrou 2,80%.
O setor de Habitação teve uma influência bastante forte no resultado desse mês e dos dois anteriores, embora não reflita tanto no comércio varejista.
Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos adotados pelo ICVA, a inflação no varejo ampliado ficou em 0,9%, maior do que a de novembro, que foi de 0,7%. Outro item que impactou bastante na inflação do varejo foi o de combustíveis para veículos.
Índice Por Setores
Quanto ao bloco de Serviços, os setores de Turismo e Transporte e Alimentação, que envolve bares e restaurantes, desacelerou em dezembro, mas apresenta alta se comparado ao ano anterior.
Enquanto isso, no bloco de Bens Não Duráveis, o setor de Supermercados e Hipermercados desacelerou, mas apresenta um crescimento acima da média no comparativo ano a ano.
Finalmente, no bloco de Bens Duráveis e Semiduráveis, o setor de Móveis, Eletroeletrônicos e Lojas de Departamentos sofreu uma desaceleração de novembro para dezembro, o que pode ser explicado pela Black Friday.
Índice Por Regiões
De acordo com o ICVA deflacionado com ajustes de calendário, todas as regiões apresentaram queda no varejo. Ao comparar com o mesmo período do ano anterior, houve alta no varejo do Sul e do Norte, respectivamente, de 4% e de 2,1%, enquanto o crescimento do varejo do Nordeste e do Sudeste foi de, respectivamente, 1,4% e 0,9%. A única retração foi vista no Centro-Oeste, com uma queda de 0,8%.
Já no ICVA nominal, que não leva em conta o desconto da inflação, a região Sul foi a que mais se destacou, com 4,8% de aumento. Nordeste, Norte, Sudeste e Centro-Oeste, respectivamente, apresentaram aumento de 2,2%, 1,7%, 1,5% e 0,5%.
Índice do Segundo Semestre de 2017
O ICVA do 2º semestre de 2017 cresceu 1,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, com os descontos da inflação. Desde o primeiro semestre de 2015 não era visto crescimento nesse índice. Quanto ao índice nominal, o crescimento foi de 2%, maior do que o resultado dos 6 primeiros meses de 2017.
O cálculo do ICVA é feito de acordo com uma série de fórmulas matemáticas e estatísticas de mercado, sem ter nenhuma relação com os resultados prévios da Cielo.
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