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TERÇA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2018 - Horário 15:16

Trump é protagonista em matérias que tratam do racismo na imprensa online brasileira
Governo / Rio de Janeiro, março de 2018 - O que diz a imprensa nacional online sobre o racismo, uma das piores chagas da sociedade brasileira? Um extenso levantamento realizado pela BigData Corp em 25 sites e portais de notícias - ao longo de treze meses, de janeiro de 2017 a fevereiro de 2018 - traz alguns insights, às vésperas do Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, a ser comemorado dia 21 de março. Nesse período, foram monitoradas cerca de 700 mil matérias. Entre elas, 3.310 notícias continham - seja em seus títulos, seja no corpo das matérias - os termos "discriminação racial", "racismo" e "preconceito racial". É sobre este universo que uma nuvem de palavras sobre o racismo foi criada. (Confira abaixo).

De longe, a pauta do racismo é capitaneada pelo presidente norte-americano, Donald Trump. De 100% de menções ao racismo, Trump aparece associado a 70,8% delas. Além de Trump, outros substantivos próprios que aparecem no levantamento, em 14,2% das matérias, são William Waack, ex-jornalista da Rede Globo - em função da polêmica que protagonizou ao fazer comentários considerados racistas em um vídeo viralizado nas redes sociais -, o Twitter, com 14,1%, e o Facebook, com 13,3%.

À primeira vista, as questões tratadas na mídia brasileira associadas ao racismo não surpreendem. Nas matérias que citam a questão, os temas que mais aparecem, em ordem decrescente, são: direitos (39,7%), racistas (39,4%), violência (35,1%), história (29,9%), política (27,4%), vida (27,1%), (redes) sociais (26,7%), jovens (26,5%), preconceito (20,4%), governo (20,3%), sociedade (20,0%) e ódio (19,9%).

O outro lado da moeda
Mas, um aspecto que chama a atenção no levantamento é o fato de o termo "negros" ser citado em 62,2% dos textos ligados ao racismo, enquanto "brancos" apenas em 37,7%. "Na imprensa brasileira é grande o número de textos que trata a questão como se o racismo se resumisse apenas a negros, quando, na verdade, o racismo pressupõe uma relação entre agressor e agredido, ou seja, no mínimo, dois grupos culturais e étnicos diferentes. No entanto, o segundo grupo é menos mencionado do que o outro, o que é muito sintomático", afirma Thoran Rodrigues, CEO da BigData Corp.

Os lugares mais citados pela mídia online brasileira em pautas sobre o racismo são Brasil (60,4%), mundo (33,6%), Estados Unidos (29,4%) e Charlottesville (26,2%), cidade no estado da Virgínia (EUA) onde, em agosto do ano passado, um conflito entre extremistas brancos e manifestantes contrários às teses racistas deixou três mortos e dezenas de feridos. Logo em seguida estão Rio de Janeiro, com 24,4% das menções, e São Paulo (19,6%).

"Acreditamos que o racismo é um tema ainda pouco explorado. Esse levantamento é uma contribuição para um debate mais amplo a respeito. Nossa intenção é dar algumas pistas sobre como a sociedade brasileira trata ou nega a existência desta questão", conclui Rodrigues.

Metodologia
O levantamento sobre os temas associados ao racismo na imprensa brasileira utilizou-se da tecnologia de big data. Os sites monitorados semanalmente foram: clicRBS, Diário de Pernambuco, Estadão, Exame, Folha, G1, Gazeta SP, GP1, IG, Infomoney, IstoÉ, JB, MSN, O Dia, O Povo, O São Paulo, R7, SP Jornal, T1 noticias, Terra, UAI, UOL Notícias, Valor, Veja e Yahoo. Os dados foram extraídos, filtrados e cruzados para se chegar à "nuvem de palavras" do racismo na imprensa brasileira.

Sobre a BigData Corp:

A BigData Corp. opera um dos maiores processos de coleta e estruturação de dados do mundo. Captura todas as semanas informações de mais de 700 milhões de sites globalmente, incluindo os cerca de 20 milhões disponíveis hoje no Brasil, para atender negócios e instituições de todos os portes e segmentos. Os dados tratados pela empresa podem ter origem nas redes sociais, em sites de notícias ou em quaisquer outros endereços na web, além de outras fontes de parceiros.

Líder no mercado de big data no Brasil e na América Latina, a BigData Corp. capta e trata a informação por meio de três produtos. O primeiro deles é o BigWeb, que ajuda a estudar o mercado e permite gerar leads, isto é, identifica oportunidades de negócios a partir das informações obtidas na web. Já o BigBoost reúne todas as informações disponíveis na Internet em uma única API , ou seja, em uma única interface de aplicativos. Por fim, o BigID lança mão da riqueza dos dados coletados na Internet para validar automaticamente a identidade de uma pessoa ou empresa.

A BigData Corp é brasileira e foi fundada em 2013. Possui escritório no Rio de Janeiro, onde está localizada a sua sede, em uma filial em São Paulo.

Conheça mais sobre a empresa acessando www.bigdatacorp.com.br
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