Há cerca de 20 anos, a Kabbalah deixou os círculos fechados de estudiosos para alcançar um número crescente de pessoas. Sua revelação começou por grupos seletos, passando por interessados em misticismo até chegar em celebridades, empresários e artistas, que acabaram por divulgá-la em massa para seus seguidores.

A rapidez dessa disseminação é ocasionada pelos testemunhos que, uma vez em contato com o método cabalístico, a pessoa passa por mudanças drásticas e positivas em sua vida, tendo a chance de inclusive influenciar outras pessoas. Desta forma, em poucos anos, o que vinha se mantendo oculto e inatingível para a maioria da população acabou sendo apropriado por cursos de autoajuda, correntes místicas e até religiões.

Não é a primeira vez que isso acontece. Segundo os principais autores como Baal Hasulam (1884-1954) e Isaac Luria (1534-1572), a Kabbalah é um método prático de contato com o sistema de força que gerencia toda a realidade que surgiu há cerca de 5800 anos e foi sendo ensinado em uma cadeia contínua de mestres e discípulos até chegar nos dias de hoje. Nesse processo, pessoas não iniciadas acabaram tendo contato com os ensinamentos, e suas más interpretações levaram ao surgimento de grupos místicos e religiosos.

“O Judaísmo foi fundado muito mais tarde; surgiu a partir da sabedoria da Kabbalah e se tornou a base para ações habituais em nosso mundo. As pessoas que queriam e decidiram buscar relacionamentos com a Força Criadora em nosso mundo, basicamente, tomaram as descrições externas desta sabedoria e criaram com elas sua religião”. Diz Rav Michael Laitman, considerado o maior cabalista da atualidade.

Para diferenciar a Kabbalah tradicional dos ensinamentos que misturam a ela toda sorte de conceitos místicos e de autoajuda, o interessado deve procurar os grupos que se apoiam nos principais autores cabalistas dessa linhagem oficial de mestres. Uma tarefa especialmente difícil em um país como o Brasil cuja população se identifica com a busca espiritual e de autoconhecimento, mas é pródiga em popularizar métodos não ortodoxos.

Entre os grupos que se destacam no mundo, há o Bnei Baruch por seu caráter não comercial e não lucrativo, com sede em Israel, desenvolve atividades em mais de 70 países. No Brasil, o grupo é representado pelo Instituto Arvut que oferece cursos presenciais em São Paulo, Sorocaba e no Rio de Janeiro, e também é reconhecido por possuir o único centro de estudos virtual que ensina gratuitamente a Kabbalah para milhares de pessoas em cursos completos e extensivos. São aceitos estudantes independente de sua condição social, crença religiosa, gênero e etnia, tendo apenas como fator limitante a idade mínima de 18 anos.

Talvez seja a capacidade que a Kabbalah traz de responder questões tão fundamentais para a existência humana, ou a possibilidade de provocar nas pessoas transformações que sempre desejaram, o fato é que a busca por esses ensinamentos tem se mostrado um atrativo para um número crescente de pessoas que entendem que há algo mais na realidade do que nossos filósofos, religiosos e cientistas conseguem explicar.

Curso de Kabbalah - Av. Brigadeiro Luís Antônio 2050, 7ºandar, Bela Vista. Quartas ou Quintas, das 19h20 às 22h. Início no dia 18 ou 19/04. www.iarvut.org.br