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QUARTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2018 - Horário 10:49

No Brasil, cerca de 55% dos pacientes com sepse morrem nas UTIs
Ciência & Saúde / Cerca de 55,7% dos pacientes internados com sepse morrem nos hospitais brasileiros, esta taxa assustadoramente alta constata que o número de óbitos por sepse em UTIs é maior do que o de mortes por derrame cerebral e infarto nessas unidades de saúde. Ainda de acordo com o primeiro estudo nacional de pacientes com sepse atendidos em UTIs realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas) e publicado na revista Lancet Infection Diseases, mais de 230 mil pacientes de UTIs morrem a cada ano. A origem da sepse não é única, tanto as infecções de origem comunitária (40% dos casos) como aquelas associadas à rede à saúde (60%) podem causar a doença.

Responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil, a sepse é provocada por uma resposta desregulada do organismo na presença de um agente infeccioso. Conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue, é popularmente chamada de infecção generalizada. Porém a infecção não acontece necessariamente em todo o organismo do paciente, as vezes está localizada em apenas um órgão, no entanto, o sistema de defesa do corpo humano começa a combater não apenas o que está causando a doença, mas também o próprio organismo, o que causa problemas em diversas partes do corpo e compromete o funcionamento de vários dos órgãos do paciente. Denominado como disfunção ou falência de múltiplos órgãos, esse quadro pode levar o enfermo a morte. Pelo fato de ser uma doença susceptível de prevenção na maioria dos casos, as altas taxas de mortalidade por sepse no Brasil assustam e demonstram quanto o sistema de saúde brasileiro possui falhas.

De acordo com a pesquisa, os casos de morte por sepse não variam muito entre unidades de saúde do sistema público (56%) e do privado (55%), apesar da significante diferença de tratamento nestes ambientes. Dos 420 mil pacientes internados todos os anos com quadro de sepse, 230 mil vão a óbito e são diversos os fatores que contribuem para esse número tão alto como a falta de acesso às UTIs, diagnóstico tardio, demora do paciente na busca por atendimento médico, tratamento inadequado, problemas de processo e falta de recursos. Quanto detectada precocemente, a sepse é uma doença simples de ser tratada, precisando apenas de aplicação de antibióticos, fluidos, monitoramento do paciente na UTI e da análise de cultura bacteriana.

A disponibilidade de leitos de UTI é fator determinante nos casos de sepse segundo o estudo, em países ou regiões nas quais os pacientes têm mais facilidade no acesso a UTI, as taxas de mortalidade são menores. No Brasil, a falta de UTIs, principalmente no sistema público, é uma triste realidade na qual os pacientes só são admitidos nesta ala hospitalar em casos graves, o que tende a aumentar a letalidade. Uma solução para este problema, de acordo com os pesquisadores, seria a criação de unidades intermediárias, assim os pacientes não ficariam sem os cuidados adequados e teriam mais chance contra a sepse.

Outra condição que contribui para o aumento dos casos de sepse é a quantidade de quadros de infecção hospitalar devido à baixa adesão às medidas preventivas. Conforme pesquisas, a maioria dos pacientes que desenvolveu sepse apresentou este tipo de infecção. Quanto a infecção hospitalar, são diversas as causas desta doença, mas a falta de higiene das unidades de saúde é a principal delas. De acordo com a Weinberger , fabricante de escovas para limpeza , as unidades de saúde devem seguir um rígido protocolo de limpeza com produtos adequados ao ambiente para garantir que os pacientes fiquem seguros nestes locais.

A ocorrência de sepse não é um problema apenas no Brasil, mas em todo o mundo, tanto que no ano passado a Organização Mundial da Saúde (OMS), braço da Organização das Nações Unidas (ONU), aprovou uma resolução para sepse a reconhecendo como problema de saúde mundial. O que força todos os países membros da OMS, inclusive o Brasil, a tomar providências em relação a sepse.


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