RELEASES EMPRESARIAIS

TERÇA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2018 - Horário 12:16

Mulheres que querem mudar o Brasil são as estrelas da capa de dezembro da revista CLAUDIA
Mulher / Seis mulheres e os mesmos objetivos: dar voz às minorias e conquistar mais direitos para o gênero feminino, negros e comunidade LGBT. Com o país mergulhado em uma crise, a filósofa Djamila Ribeiro, as atrizes Taís Araújo e Maria Clara Spinelli, as executivas Luiza Helena Trajano e Rachel Maia e a cineasta Laís Bodanzky inovam e enfrentam o momento para avançar nestas questões importantes. As seis são capa e recheio da edição de dezembro de CLAUDIA, parte do portfólio de femininas do Grupo Abril, que chega às bancas nesta sexta-feira (1).

Com 2018 batendo à porta, essas mulheres de fibra relembram momentos marcantes deste ano, que vai entrar para a história. "Lutas importantes ganharam visibilidade. Tiramos questões das bolhas e colocamos no espaço público para debate", relembra Djamila. A posição da mestra em filosofia é complementada por Luiza Trajano, presidente do conselho da rede varejista Magazine Luiza. "Se teve algo de bom em 2017 foi o despertar das pessoas. O brasileiro redescobriu seu lugar de cidadão e passou a fazer uso do novo papel", destaca.

Muitos grupos feministas foram reativos quando necessário. Em novembro, por exemplo, marchas tomaram as ruas em diversas cidades contra a Proposta de Emenda à Constituição 181, aprovada por uma comissão especial da Câmara dos Deputados, que pode criminalizar o aborto também em caso de estupro, risco de morte para a mulher e anencefalia do feto. Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, uma multidão levantou cartazes pela igualdade de gênero, pelo fim da cultura machista, da escalada dos estupros, do assédio nos transportes coletivos... Ainda que a voz das minorias tenha ficado um pouco mais alta, a cineasta Laís Bodanzky garante que há um grande caminho pela frente. "Ainda não alcançamos um ponto de respeito às divergências porque precisamos passar do pensamento Individualista para o coletivo", diz.

No entanto, além da discussão, é preciso botar a mão na massa. Taís Araújo, por exemplo, está envolvida com inciativas e trabalhos sociais relacionados à educação. "Achava que para alcançar a situação ideal era preciso muitas gerações, mas aprendi que em 12 anos, ou três mandatos do poder Executivo, existe a possibilidade real de reverter a crônica situação atual", ressalta a atriz.

Sua companheira de profissão, Maria Clara Spinelli, defende com unhas e dentes a bandeira LGBT. A atriz transexual, sempre reitera o respeito pela categoria e assumiu, na vida, o papel de educadora para quebrar o preconceito inconsciente. "Levo as lutas até a última instância. Se eu perder, terei tentado tudo. No caminho, quem sabe, tocarei algumas pessoas", completa.

Já a empresária Luiza Trajano trabalha em duas frentes. Uma delas é com a organização Mulheres do Brasil, da qual é fundadora e reúne 7 mil brasileiras. Sua missão é influenciar a criação de projetos de lei e de políticas públicas de interesse feminino. "Estimulo o trabalho positivo local, na escola dos filhos, no bairro onde cada um vive. É a sociedade trabalhando para arrumar a casa, fazer um Brasil para nós."

Os sonhos de Luiza e das outras cinco mulheres que estão na capa de CLAUDIA deste mês parecem distantes, mas com seus trabalhos, eles se tornam cada vez mais reais. E assim como diz a executiva da Pandora Rachel Maia. "Jamais podemos ficar só no discurso. O sonho é lindo, conscientizar é importante, porém nada supera a ação, a prática", finaliza.
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