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QUINTA-FEIRA, 19 DE OUTUBRO DE 2017 - Horário 12:46

Segundo informações, após passagem de furacão em Porto Rico a internet brasileira ficou “mais lenta”
Tecnologia / O furacão Maria foi um dos piores que já atingiu Porto Rico. Porém, na manhã e na tarde do dia 21 de setembro, que foi o dia em que o furacão passou pelo país, pôde ser sentido um efeito secundário aqui no Brasil: a queda da velocidade e da estabilidade das conexões de internet.

De acordo com a TI Sparkle, empresa que atua na conexão da internet brasileira com a de outros países, foi necessário desligar alguns nós de sua landing station, que é a estação que conecta as conexões de internet de vários países. Com isso, a chegada do sinal internacional para o Brasil ficou seriamente afetada.

Por que a conexão foi prejudicada?

Pode até parecer um pouco estranho que um problema que aconteceu em um país a 3950 km de distância do Brasil tenha afetado a Internet daqui, mas isso realmente pode acontecer.

Como o furacão estava muito forte e fez com que o mar subisse, os equipamentos da estação poderiam ser bastante danificados, além de haver um grande risco de choques elétricos devido ao contato da água com a eletricidade usada para alimentar os geradores.

Assim que essa estação foi desligada, o tráfego de IP ficou muito saturado. Consequentemente, a comunicação da internet brasileira com sites cujos servidores fiquem em Porto Rico ou em outro país, mas que tenhim que "passar" pela estação de Porto Rico, ficou bem mais lenta e instável.

Segundo a GoCache, uma CDN brasileira, muitos de seus clientes que possuiam servidores nos Estados Unidos foram duramente afetados, especialmente no momento em que o furação passava por Porto Rico. A CDN teve que alocar uma equipe para acompanhar o momento mais crítico do furacão e trabalhar ativamente para garantir que as principais conexões de seus clientes não ficariam fora do ar.

É importante ressaltar que os cabos submarinos que conectam a internet de vários países geralmente não são prejudicados por furações, já que ficam abaixo d'água. Porém, as landing stations ficam na superfície, e elas são também afetadas por desastres naturais.

Quão lenta ficou a internet no Brasil?

No dia em que aconteceu esse fenômeno, alguns sites levaram vários minutos para abrir, mesmo com conexões de banda larga e de boa velocidade. Isso não é normal, já que as conexões de internet no Brasil não são tão velozes, mas apresentam uma estabilidade razoável.

Ao realizar um teste de velocidade, muitas pessoas constataram que havia uma perda de dados de até 60% para IPs dos Estados Unidos. Portanto, houve um prejuízo considerável na conexão.

Portanto, o problema foi sentido principalmente por sites brasileiros que tinham seus servidores fora do país. Sites com servidores no Brasil praticamente não foram afetados. Já os sites com servidores no exterior, mas que usavam CDN no Brasil, tiveram um impacto muito menor, por conta das características positivas do uso desta tecnologia.

Tudo isso se deu pela intensidade do furacão, que atingiu o nível 4 na escala Saffir-Simpson, cujo máximo é 5.

O restabelecimento das conexões também não pôde ser feito com muita agilidade, já que o país passava por uma situação de calamidade. Além disso, algumas ilhas contavam com um toque de recolher devido ao furacão, o que proibia a saída dos técnicos para consertar o problema.

Esse episódio deixou claro como é importante sempre fazer um teste de velocidade, já que é ele que indica o desempenho da internet e evidencia a existência ou não de problemas. Para isso, é preciso contar com um teste que seja confiável e bastante preciso.

O site MinhaConexão conta com uma ferramenta de
teste de velocidade, que auxilia os usuários a saberem como está a internet. A ferramenta funciona por meio de um mecanismo de "speed test" e é bastante precisa, ideal para um diagnóstico em momentos de suspeita de problemas com sua internet.
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