TERÇA-FEIRA, 23 DE MAIO DE 2017 - Horário 11:45
3 passos para acabar com a síndrome do pânico: o primeiro é o mais importante
Aplicativos / Muito tem se falado sobre o transtorno do pânico e de como seus sintomas podem ser intensos e até devastadores durante uma crise. Considerada por muitos especialistas uma psicopatologia contemporânea, podemos dizer que se trata de uma doença moderna.
O transtorno do pânico está sendo levado a sério há pouco tempo, pois já foi bastante confundido com outras doenças, como as cardíacas e neurológicas. Mesmo com o seu reconhecimento, os estudos acerca do tema não estão consolidados e parece haver mais perguntas do que respostas. Buscar diagnóstico e tratamento adequados, para esses casos, sempre é o mais importante.
A RedeCare procurou a psicóloga, Nicole Rocha, de Umuarama/PR (CRP 08/22736), para falar sobre o assunto, sendo, inclusive, criado um grupo no Facebook para tirar dúvidas sobre o tema diretamente com a psicóloga. (acesso no final do artigo)
Durante uma crise é comum aparecerem sintomas, como formigamento, suor nas mãos, palidez, tontura, náuseas, taquicardia, sudorese, sensação de morte, entre outros: explica Nicole. É muito importante estarmos atentos aos sinais no início de uma crise, para buscar ajuda antes do transtorno, propriamente dito, se instalar, completa a psicóloga.
O transtorno do pânico acomete pessoas que, geralmente, apresentam indicativos frequentes de crises de pânico ou crises ansiosas. Porém, não devemos excluir outros sinais, já que foi constatado que pessoas com pouca probabilidade do desenvolvimento de estresse, por exemplo, apresentaram posteriormente alguns sintomas de transtorno do pânico.
Estima-se que a população mais atingida pela síndrome do pânico seja composta por mulheres entre 20 e 35 anos de idade. Podemos estabelecer, diante desse dado estatístico, uma relação entre essa faixa etária e as possíveis pressões do trabalho e da vida pessoal. Outro dado importante, é que 30% dos casos de síndrome do pânico estão relacionados às condições contemporâneas dos nossos dias, ou seja, ao contexto político, histórico e social tumultuado atual.
Perguntamos a Nicole Rocha sobre a influência das redes sociais nos quadros de ansiedade e depressão: "As redes sociais, como qualquer meio social, podem contribuir para a ansiedade de se ter ou demonstrar uma felicidade quase que imediata para os colegas das redes sociais. Seria importante rever quais influências eu tenho em meu meio social, por exemplo, o Facebook, para entender quais estímulos eu recebo e como eu os interpreto", respondeu.
A psicóloga acredita que, diante desse cenário, deveríamos repensar e buscar melhores condições, também no âmbito preventivo, isto é, cuidar da nossa saúde mental. Para ela, o mais importante é focar no nosso bem-estar e na qualidade de vida. Ressalta ainda a importância do tratamento sério e responsável, unindo a prescrição medicamentosa e a psicoterapia. Existem inúmeros benefícios, já confirmados, para os pacientes diagnosticados com síndrome do pânico, ansiedade e depressão submetidos a sessões de psicoterapia.
O tratamento psicológico desse transtorno deve visar à reestruturação do indivíduo como um todo, para tanto deve oferecer pilares para uma vida plena e saudável. São necessários 3 passos para essa transformação:
1. A tomada de consciência: onde o paciente descobre seu diagnóstico e inicia o tratamento adequado;
2. A responsabilidade: refere-se á mudanças de hábitos para a efetividade do tratamento e, por conseguinte, levar a tomar para si as rédeas de sua vida;
3. Superação: superar as dificuldades do tratamento, que consiste em ressignificar sua história e buscar novas formas para lidar com as frustrações.
Dúvidas podem ser encaminhadas a psicóloga Nicole Rocha através do grupo criado no Facebook, o acesso está disponível em www.redecare.com.br
Website: http://www.redecare.com.br