RELEASES EMPRESARIAIS

QUARTA-FEIRA, 29 DE MARÇO DE 2017 - Horário 17:14

Segundo estimativa, comer dentro e fora de casa deve pesar menos no bolso em 2017
Arte e Entretenimento / Com a maior oferta de alimentos e a desaceleração no preço dos serviços, comer dentro e fora de casa deve custar menos no ano de 2017, segundo especialistas. Fábio Romão, economista da consultoria LCA, acredita que o preço da alimentação em casa terá uma alta de 4,7%, a menor alta desde 2009.

Essa expectativa representa uma desaceleração de 32% no ritmo de alta, já que a alimentação dentro das residências teve uma alta de 9,36% em 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o preço da alimentação fora de casa, a expectativa é de uma alta de 6% para o ano de 2017, segundo o economista da LCA. A alimentação fora de casa varia mais do que a alimentação dentro de casa porque está ligada não só à oferta de alimentos, mas também ao lazer, representada pela decisão de comer na rua.

Entre os anos de 2015 e 2016 a refeição fora do lar teve uma variação menor de preço do que as refeições dentro das residências, o que geralmente não costuma acontecer. De acordo com Fábio Romão, isso ocorreu por causa do momento econômico, que acarretou, entre outros fatores, o encolhimento do mercado consumidor. Nestas condições, os donos de restaurantes não tiveram espaço para mexer nos preços e fizeram até promoções.

Em 2017, além da ajuda da safra, é prevista uma estabilização da economia, o que deve fazer com que a alimentação fora de casa retorne à dinâmica rotineira, com os preços variando mais do que a alimentação para ser consumida dentro de casa.

De acordo com a consultoria de marketing GS&MD, o mercado de comida fora do lar (Foodservice) cresceu 3% do ano de 2016, alcançando um faturamento de R$ 184 bilhões. Apesar do crescimento, houve queda na quantidade de transações do setor (-4%), dessa forma o crescimento foi sustentado pelo aumento no ticket médio, que foi de 8% no mesmo período.

Mesmo com um número menor de transações, a quantidade de pessoas que frequentam os restaurantes não alterou, o que mudou foi o número de refeições consumidas durante o dia e as famosas refeições de entretenimento. As refeições com três ou mais pessoas no grupo caíram 20% no ano de 2016 em relação ao ano de 2015, enquanto as refeições de grupos com crianças caíram 16% no mesmo período.

A força do foodservice fica evidente ao observar o crescimento que o seguimento teve entre os anos de 2011 e 2014, que saiu de R$ 121 bilhões para R$ 157 bilhões, crescimento médio anual acima de 9%. A evolução do foodservice possui forte correlação com o crescimento do PIB, Varejo, Renda, Emprego e Confiança, o que permite projetar uma evolução para os próximos anos, que deve alcançar o patamar de R$ 230 bilhões em 2019, crescimento médio anual de 8%.

O mercado de comida fora do lar tende a crescer cada vez mais, com surgimento de novas empresas e a estabilidade de algumas que já são famosas no setor. Como é o caso, da hamburgueria Canto do Sabor, empresa que entrou no setor de foodservice para atuar na região de Biguaçu em Santa Cataria. Como diferencial, o negócio também é uma hamburgueria delivery que faz entrega de lanches na região de Biguaçu e São José.

Segundo especialistas, independente do atual cenário econômico do país, observa-se que apesar do forte crescimento do segmento nos últimos dez anos, ainda há espaço para o setor crescer, principalmente com as relevantes mudanças sócio econômicas do país.
© 2014 Todos os direitos reservados a O Globo e Agência O Globo. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.