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QUINTA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2017 - Horário 10:23

Controle Financeiro para médicos: saiba como se organizar financeiramente
Ciência & Saúde / O controle financeiro para um médico deve ser feito em seu consultório ou clínica para atender às necessidades da empresa ou em planilha pessoal, para atender suas necessidades pessoais. Para a clínica médica, pode se tornar uma tarefa um tanto mais difícil, já que a profissão costuma ter diferentes formas de renda ligadas à pessoa física, à pessoa jurídica ou à clínica.

O médico precisa ter ciência que, para manter o controle financeiro corporativo ou pessoal, exige um nível de organização de todas as contas da clínica em um sistema ou aplicativo, separando os gastos pessoais dos gastos empresariais e fazendo a projeção de rendimentos e de despesas para se programar, tornando assim a gestão financeira mais eficientes, evitando, principalmente, os riscos de cair na malha fina da Receita Federal.

Vamos analisar como deve ser feito um controle financeiro para médicos, com algumas recomendações para otimizar as finanças e garantir a continuidade da clínica, com todas as contas em dia:

PRIMEIRO PASSO: MONTAR O FLUXO DE CAIXA

Seja numa clínica mantida como empresa jurídica ou através de atividade médica exercida como profissional liberal, o controle financeiro exige a criação do fluxo de caixa. Assim, é possível manter o controle sobre todas as atividades, tais como, contas a pagar e a receber, sobre rendimentos de outras fontes e pagamentos de salários, encargos da secretaria da saúde e todos aqueles pertinentes à atividade exercidas pelo profissional da saúde e de sua clínica médica.

O fluxo de caixa é feito através de um livro caixa, onde se registram todas as movimentações financeiras, tornando-se um registro de todas as entradas e saídas em espécie ou em cheques. Com o livro-caixa é possível controlar e passar as informações para o fluxo de caixa, onde será feita a análise de todos os custos e todos os rendimentos.

No fluxo de caixa é necessário manter registros de Receitas, Despesas, Contas a Pagar, Contas a Receber, Empréstimos, Reembolsos, Investimentos e tudo o que se relaciona à movimentação financeira.

É importante destacar que o fluxo de caixa deve ser atualizado todos os dias, depois dos lançamentos feitos no livro caixa, o que exige muita disciplina. No caso de haver uma pessoa responsável, essa pessoa deve ter acesso a todas as informações, inclusive de contas bancárias, recebendo todos os comprovantes necessários para fazer os lançamentos.

SEGUNDO PASSO: ORGANIZANDO O FLUXO DE CAIXA

Vamos ao segundo passo para manter o controle financeiro para médicos organizando a ferramenta do fluxo de caixa.

Além de sua atualização diária, é necessário organizar o fluxo de caixa. Para isso, é necessário algumas técnicas específicas:

DETERMINAR O PERÍODO DO FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa deve ter um período determinado, e isso geralmente é feito mês a mês. Não é interessante escolher um período muito longo, para que não se perca o controle.

DEFINIR COMO IDENTIFICAR RECEITAS E DESPESAS

As receitas e despesas devem ser diferenciadas. No caso de usar uma planilha eletrônica, é possível fazer isso através de cores. O mais importante é que sejam facilmente visualizadas no fluxo de caixa.

IDENTIFICAR MOVIMENTAÇÕES FINANCEIRAS PERIÓDICAS

Havendo pagamentos ou recebimentos periódicos, é necessário registrá-los no fluxo de caixa na data determinada, podendo fazer as previsões de recebimentos e de pagamentos.

REGISTRAR AS CONTAS A PAGAR

Todas as despesas mensais devem ser registradas, como aluguel, energia, telefonia, pagamentos parcelados ou taxas. O saldo do fluxo de caixa será consolidado com o caixa atual e poderá ser provisionado o saldo futuro, considerando as contas que devem ser pagas.

REGISTRAR AS CONTAS A RECEBER

Lançamentos de contas a receber, como de convênios, por exemplo, devem ser feitos para contrabalançar o saldo do caixa, verificando se haverá ou não necessidade de aporte para o cumprimentos das obrigações.

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TERCEIRO PASSO: CRIANDO CATEGORIAS

Para ter maior controle financeiro da clínica médica é necessário criar uma classificação de categorias para as receitas e despesas. Essas categorias devem ser suficientes para atender todas as necessidades do controle financeiro, destacando que poucas categorias irão deixar o controle superficial e que muitas o deixarão por demais detalhado. Aqui, é importante encontrar e manter o equilíbrio.

QUARTO PASSO: FAZER UM CONTROLE FINANCEIRO PESSOAL

O controle financeiro de um médico deve ser separado entre o pessoal e o profissional. O trabalho na clínica ou consultório é o seu lado profissional, enquanto que os gastos pessoais fazem parte de sua vida fora do trabalho.

Ao manter um controle pessoal, o médico saberá qual é o seu rendimento mensal e qual é o seu padrão de consumo. Assim, vai se tornar mais fácil gerenciar as contas, evitando misturar dinheiro do consultório ou clínica com o dinheiro de sua vida pessoal e de sua família.

Se quiser se organizar melhor, o médico poderá aplicar as mesmas técnicas do consultório para o seu controle pessoal, com o fluxo de caixa e o livro caixa, registrando tudo o que consome e sabendo onde pode ou deve cortar gastos.

QUINTO PASSO: CONTRATE UMA ASSESSORIA

Fazendo um controle financeiro , o médico pode manter todo o controle sobre suas finanças, tanto pessoais quanto da clínica ou consultório. No entanto, é importante destacar que qualquer profissional liberal deve prestar contas à Receita Federal.

É bastante comum que médicos que atuam como profissionais liberais sejam alvo da malha fina da Receita Federal, em função das relações de trabalho atípicas e da variedade de fontes de renda.

Mesmo sendo um expert em seu legado como profissional da saúde, sabemos que o médico não é obrigado a conhecer todas as leis que regem a vida de um profissional, a melhor coisa a fazer é contratar uma assessoria contábil especializada em contabilidade para clínicas médicas, que possa lhe orientar com relação ao que pode ou não ser lançado no livro caixa pessoal e no livro caixa de sua empresa.
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