RELEASES EMPRESARIAIS

TERÇA-FEIRA, 3 DE MAIO DE 2016 - Horário 10:00

Lou de Olivier participa de Audiência Pública na Assembleia Legislativa SP abordando deficiências intelectual, mental e física
Celebridades / Com o tema geral "É preciso mais segurança para o livre exercício das profissões?" aconteceu dia 29 de abril o I Seminário de Estudos Espaço Mulher e Espaço Homem 2016, evento ocorrido na Assembleia Legislativa São Paulo, Plenário Tiradentes em paralelo ocorreu a Audiência Pública PL 763, evento coordenado por Elizabeth Mariano. A Lou de Olivier coube a explanação: "As observações de segurança para pessoas com deficiências mentais ou físicas. E para o trabalho de seus terapeutas e educadores"

Numa resumida mas brilhante explanação, Lou demonstrou sua habilidade como pesquisadora do tema deficiência intelectual/mental que pesquisa há mais de quarenta anos, apesar de nunca tê-los estudado em nível de segurança. E também na pesquisa recente sobre deficiência locomotora. Lou que pesquisa anoxia/hipoxia e suas consequências sendo inclusive detectora e defensora da Dislexia Adquirida trouxe diversos questionamentos envolvendo as limitações, as dificuldades nos diagnósticos e tratamentos dos deficientes intelectuais/mentais e também físicos.

Durante a palestra, um dos principais pontos abordados por Lou de Olivier foi a necessidade de se diferenciar uma Deficiência Intelectual de uma mental pois a intelectual é quando o indivíduo tem atraso no seu desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem, dificuldade para realizar tarefas diárias e interagir com o meio em que vive. Neste caso há comprometimento cognitivo. Esta deficiência, dependendo de seu grau e comorbidades pode ser tratada por um Psicólogo, Psicopedagogo, Fonoaudiólogo e por Neurologista. Não necessariamente por equipe multidisciplinar mas de forma ampla e sempre com acompanhamento neurológico.

A Deficiência Mental engloba uma série de condições que causam alteração de humor e comportamento e podem afetar o desempenho do individuo na sociedade. Essas alterações acontecem na mente do indivíduo, alterando também sua percepção da realidade. É caso psiquiátrico, deve ser tratado por um Psiquiatra, na maioria dos casos, com uso de medicamentos específicos para cada situação. Pode haver também comprometimento da aprendizagem mas este não é o principal distúrbio portanto, a ênfase no tratamento refere-se ao principal transtorno causador das alterações mentais/psicológicas.

No entanto pesquisas e diversos locais de atuação em terapias acabam classificando doença mental e deficiência intelectual como o mesmo tipo de distúrbio. Este é o principal ponto falho pois ao confundir os dois tipos de distúrbios se atrasa o diagnóstico e ignora-se o melhor tratamento. Além disso os deficientes intelectuais/mentais estão mais sujeitos a sofrer bullying, repressões, dependendo do distúrbio podem ser confundidos com mal educados ou até criminosos levando-se em conta as explosões que alguns distúrbios causam (como o caso da bipolaridade, autismo, limitrofia, etc.)
Quanto a Deficiência Motora, Lou de Olivier explicou que, para ela, até dois meses atrás seria bastante difícil abordar o tema pois ela nem imaginava como é ter uma limitação física. Apesar de já ter sofrido graves acidentes não teve grandes sequelas e, nos casos em que teve sequelas as contornou com muitos estudos/pesquisas e descobertas que sempre trouxe ao público. Mas, há dois meses, numa queda de escada, ela teve um metatarso quebrado e enfrentou algumas intervenções erradas e, com isso, algo que poderia ser até simples de recuperar, tornou-se uma longa e dolorosa espera pela cura... Passou a ter que locomover-se com muletas só dentro de casa e, quando raramente sai, necessita utilizar cadeira de rodas ou carrinhos motorizados. Isso a fez conhecer o lado dos cadeirantes, de pessoas que tem limitações motoras/locomotoras e dependem de algum acessório (bengala, muletas, andadores, cadeiras de rodas, etc.) para se deslocarem de um lado a outro. E, como sempre, Lou pôs-se a pesquisar e buscar soluções e relatou um pouco de tudo que tem descoberto sobre este tipo de deficiência.

Estatística:

Considerada a terceira em nível de porcentagem (dados Censo 2010 - IBGE) provavelmente não leva em conta todos os tipos e dificuldades. Os números acusam provavelmente as deficiências definitivas desconsiderando as momentâneas como pernas e pés quebrados. Caso fossem considerados todos estes casos, provavelmente as dificuldades motoras estariam em primeiro lugar.

Lou constatou que, nesta questão, enfrenta-se uma verdadeira batalha por um tratamento digno e, de fato, eficaz. As calçadas não tem nível adequado, escadas e rampas em diversos estabelecimentos também não oferecem segurança, muitos locais sequer dispõem de rampas, portas largas e outros requisitos para o livre trânsito de pessoas em cadeira de rodas e/ou portando muletas, andadores, bengalas. Transportes também não são adequados na maioria das vezes. Lou relatou que é praticamente impossível entrar em uma agência bancária utilizando muletas, embora algumas agências disponham de entradas especiais para cadeirantes, os portadores de muletas não têm a mesma facilidade pois não passam em portas giratórias e não são considerados cadeirantes.

O Decreto nº 5.296/2004 regulamenta as Leis 10.048/2000 e 10.098/2000. A primeira dá prioridade de atendimento às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, e a segunda estabelece normas e critérios para a promoção da acessibilidade delas. A Lei Nº 10.098/2000 estabelece normas e critérios para promover a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. De acordo com ela, acessibilidade significa dar a essas pessoas condições para alcançarem e utilizarem, com segurança e autonomia, os espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, as edificações, os transportes e os sistemas e meios de comunicação.

Porém, na prática, ocorrem fatos como os relatados anteriormente, ou seja, em teoria pode até funcionar mas, na prática, ainda há grande insegurança e impedimento para o livre trânsito de quem tem alguma dificuldade motora seja permanente seja temporária.

E o mais preocupante, observou Lou, não se reflete nem se discute sobre curas e sim sobre tratamentos, muitas vezes ineficazes. No caso de ossos quebrados por exemplo, não se cogita que a alimentação, a reserva de vitaminas (no organismo do indivíduo acidentado), a exposição ao sol e diversos fatores são essenciais para a pronta recuperação. Hospitais não orientam como o paciente deve proceder com seu gesso, com muletas, com acessórios para conseguir se locomover. Tudo que oferecem são gessos e talas como paliativo.
É preciso orientar melhor a população, é preciso ter profissionais treinados para lidar melhor com situações que exigem imobilização de membros, é preciso mais humanização no tratamento dos acidentados e também dos portadores de limitações de locomoção permanentes.
Na verdade só mesmo uma grande reforma em todo o sistema poderá oferecer tratamentos eficazes e mais humanização de forma geral a todos que necessitam de cuidados médicos, ponderou Lou de Olivier.

Leia a pesquisa de Lou de Olivier sobre deficiências (intelectual, mental e física) na íntegra no link: http://www.dislexiaadquirida.loudeolivier.com/Defici%C3%AAncia-intelectual%2C-mental%2C-fisica.php

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Website: http://dislexiaadquirida.loudeolivier.com/
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